64% das empresas não sabem como desenvolver habilidades comportamentais nos seus times e são prejudicadas financeiramente por isso
Você sabia que nove em cada 10 profissionais são contratados pelo perfil técnico e demitidos pelo comportamental? É o que mostra um estudo realizado pela Michael Page. A falta de gestão de tempo, autocontrole e resistência a mudanças estão no topo das deficiências comportamentais que resultam na dispensa do empregado.
Embora existam muitos profissionais qualificados tecnicamente no mercado, todos com um currículo repleto de bons cursos e atividades complementares, essa quantidade de repertório não é o bastante para conquistar uma boa vaga nos dias de hoje.
Em um mercado de trabalho cada vez mais instável e competitivo, uma empresa demitir um profissional por motivos comportamentais e sem a chance de que habilidades e competências sejam desenvolvidas, é perder tempo e dinheiro – além de não ser nada alinhado aos desafios de ESG, em especial o “Social”.
Para Isabela Jabor, CEO e co-fundadora da B.NOUS, uma edtech focada no desenvolvimento e aprimoramento de habilidades ligadas à inovação e habilidades humanas, as empresas precisam mudar o mindset de uma aprendizagem fragmentada e cíclica para o contínuo e personalizado. “O investimento em treinamento e desenvolvimento deve ser a longo prazo, para alavancar o desempenho dos profissionais do futuro, e em contrapartida oferecer dados relevantes para que a empresa tenha como tomar decisões mais assertivas, gerando mais valor para o negócio e economizando recursos,” diz.
Segundo pesquisa Manpower Group de 2021, 64% das empresas não sabem como desenvolver habilidades comportamentais nos seus times e são prejudicadas financeiramente por isso. Só em 2020, 58% das empresas brasileiras tiveram seus resultados prejudicados pela falta de soft skills. Além disso, até 2030, dois terços dos postos de trabalho serão intensivos em soft skills no Brasil e, segundo o Fórum Econômico Mundial, oito das 10 habilidades mais importantes para um profissional, em 2025, serão socioemocionais. “As ferramentas estão disponíveis e o caminho que as organizações devem seguir já é conhecido. Portanto, não dá mais para perder profissionais do futuro, tempo e dinheiro por falta de investimento nas habilidades e capacidades corretas”, finaliza.