Pesquisa com mais de 2300 jovens aponta que 50% deles afirmam que não voltariam a se candidatar se tivessem uma experiência ruim em algum momento do processo
Segundo pesquisa realizada com mais de 2300 jovens de todo país, 61% dos candidatos já desistiram de se inscrever em uma vaga por conta de um formulário muito extenso. Além disso, 50% deles afirmam que não voltariam a se candidatar se tivessem uma experiência ruim em algum momento do processo seletivo. É o que aponta o levantamento realizado entre janeiro e março de 2019, pela Matchbox Brasil, HR Tech especializada em talent acquisition no país.
Ainda de acordo com os dados recolhidos pela startup, 79% desses jovens talentos se formaram ou vão se formar entre 2017 e 2020, ou seja, representam uma importante parcela dos chamados geração alpha (nascidos depois dos anos 2000). Quando questionados sobre mecanismos de busca de vagas, 91% disseram buscar sites especializados em vagas, 58% usam o Google, 70% vão direto no site da empresa e 69% buscam no LinkedIn, uma das maiores redes sociais para contatos profissionais.
Ainda de acordo com a pesquisa da Matchbox, as top 10 empresas no quesito Inovação em Processos seletivos são: BRK, Itaú, Ambev, Braskem, Energisa, Eaton, Vale, Stone, VLI e Avon. Outro dado interessante é que 55% dos talentos deram nota 9 ou 10 por inscrições feitas por meio de chatbot, ou seja, esses jovens apoiam o uso de novas tecnologias em processos seletivos.
“De acordo com 45% dos jovens, o principal critério que os ajudam a se inscrever é um job description bem escrito. Assim como em outros setores, os jovens procuram por empresas que possam oferecer boas experiências desde o primeiro contato. Um dos principais insights da pesquisa realizada com os jovens é: a experiência do candidato importa. Uma experiência ruim pode impactar sua marca a longo prazo. Afinal, 43% dos talentos afirmaram que não voltariam a comprar produtos ou serviços de uma empresa se tivessem uma experiência ruim,” explica Kleber Piedade, CEO da Matchbox Brasil.
Além dos jovens talentos, a startup também conversou com mais de 230 profissionais de RH e apontou que para 98% dos respondentes a transformação digital é necessária para a área, porém 43% deles não têm um plano em ação e apenas 14% afirmaram que as equipes estão preparadas para essa revolução. Quando fazemos um recorte sobre cargos de RH que estão de olho nas tendências de transformação digital, temos 41% de analistas, 18% de coordenadores e 20% gerentes.
“Quando questionados sobre temas que mais trabalham na área, temos a Diversidade (48%); Employer Branding (45%) e Candidate Experience (34%). Em paralelo, os menos trabalhados são People Analytics (23%); Inteligência Artificial (14%) e Transformação Digital (14%). Ou seja, ainda há um grande desafio para a transformação digital no setor de RH e precisamos nos atentar a isso se quisermos os melhores talentos”, finaliza Piedade. “Ao mesmo, as tendências apontadas por eles são: Transformação Digital (44,9%), Employer Branding (44,9%) e People Analytics (44,1%).”