Por Juan Manuel Gómez, vice-presidente da Citrix para América Latina e Caribe
Pílula vermelha ou azul: qual você escolheria? No filme Matrix, clássico da ficção científica, quando Morpheus se aproximou de Neo contando histórias perturbadoras de uma nova realidade, ele ofereceu uma escolha: acordar de sua existência simulada ou continuar como antes. Todos sabem o que Neo escolheu. Este pequeno trecho do filme lançado em 1999 nos leva a pensar em como lidamos com a mudança – nós a abraçamos? resistimos a ela? ou uma mistura de ambas?
Nos últimos anos, as mudanças na vida pessoal e nos negócios têm sido substanciais. Alguns dizem que vivemos em um mundo VICA (volátil, incerto, complexo e ambíguo), caracterizado por pouca estabilidade e mudanças constantes, aquela sensação de que quando tudo começa a “normalizar” aparece algo novo que nos faz ter que nos adaptar novamente.
A incerteza também está sempre presente. É como se não tivéssemos uma ideia clara do futuro. Quando há anos falávamos de prever situações, possibilidades comerciais e tendências de mercado. A complexidade é uma característica do mundo VICA e está relacionada às formas de fazer as coisas. Finalmente, a ambiguidade é dada pela volatilidade, incerteza e complexidade, o que torna a interpretação de uma situação ou a compreensão do contexto um desafio.
Este é o mundo em que os negócios são conduzidos e as decisões são tomadas. Uma realidade a qual a maneira como o trabalho é feito mudou junto com as expectativas dos colaboradores sobre como eles querem trabalhar. Clientes também têm necessidades diferentes. Nesse cenário, a solução é a agilidade. Trata-se da capacidade de responder rapidamente às mudanças, de estar pronto para adaptar o curso, um cenário em que a tecnologia tem muito a contribuir.
É por isso que estou compartilhando outro VICA com vocês:
- Virtualização: Como os serviços de TI devem ser prestados hoje? Para modernizar a infraestrutura e maximizar a eficiência, as empresas podem fornecer desktops como serviço (DaaS) ou atualizar as implantações de infraestrutura de desktops virtuais (VDI) on premises. Isso permite que os colaboradores trabalhem com bom desempenho e dá à empresa a capacidade de criar espaços de trabalho híbridos em minutos além de escalar, conforme as necessidades da empresa demandam.
- Inteligência: Tecnologias como machine learning (ML) podem aprender como cada colaborador trabalha e ajudar em sua organização, a encontrar todas as informações e ferramentas necessárias para exercer suas atividades r e, por sua vez, guiá-lo quanto a suas prioridades. Tais tecnologias também permitem monitorar a experiência do usuário e melhorá-la. No campo da segurança, podem identificar comportamentos habituais a partir de comportamentos anômalos (segurança contextual) e antecipar possíveis ameaças.
- Cloud: A nuvem é a aliada indiscutível para as empresas que buscam agilidade e flexibilidade. Ela permite às empresas diminuir sua dependência dos data centers (modelo baseado em Capex) e ganhar maior velocidade, escalabilidade e flexibilidade (modelo baseado em Opex), em sintonia com as novas necessidades comerciais.
- Automatização: A automação economiza tempo e simplifica os processos em várias áreas. Ao automatizar tarefas simples e repetitivas, os funcionários podem se concentrar em questões mais estratégicas.
- São esses quatro fatores tecnológicos (virtualização, inteligência, cloud e automação) os principais responsáveis por ajudar as empresas a reagir mais rápido e de forma mais eficiente às mudanças, sejam elas de processos, modelos, necessidades ou expectativas.
No mundo corporativo, não saber como se adaptar pode ser determinante. E o segredo para uma vantagem competitiva é justamente a habilidade de reconhecer e de aceitar que a mudança é a única coisa certa. Por isso, eu, assim como fez o Neo, escolheria a pílula vermelha, para ver melhor as coisas como elas realmente são e poder planejar soluções estratégicas para lidar com a mudança da melhor forma possível.