Com o avanço da vacinação pelo mundo, muito se discute sobre os modelos de trabalho que serão adotados pelas empresas daqui para frente. Presencial, híbrido e remoto, cada formato apresenta suas vantagens e desvantagens. A HR Tech Ahgora, que desenvolve tecnologias para tornar o RH mais estratégico, acompanhou de perto o aumento da demanda por ferramentas que possibilitam a gestão de equipes à distância e entrevistou mais de 300 empresas, constatando que menos de 20% delas consideram retomar o trabalho integralmente presencial após o fim da pandemia no Brasil.
Modelo híbrido como promessa para os próximos anos
É verdade que o número impressiona, e ainda é possível afirmar que a obsolescência do trabalho presencial não é exclusiva de nosso país. Uma pesquisa publicada pela BBC UK em maio deste ano mostrou que 86% das grandes empresas da Inglaterra desconsideram a volta total aos escritórios, somando um total de 1.1 milhões de colaboradores adeptos ao modelo híbrido – ou seja, equilibrando presencial e remoto.
Já nos Estados Unidos, gigantes como Ford, Citigroup, TIAA e Target também apostam nesta mescla, bem como as 42,5% das empresas participantes da pesquisa HR Innovation da Ahgora, em sua maioria profissionais de RH.
“Pessoas precisam de pessoas. Há uma necessidade latente do ser humano de cocriar em grupo, mas também é preciso ter momentos de produção individual. Equilíbrio é fundamental. Depois de mais de um ano de novas rotinas e análises, percebemos a evolução para o trabalho híbrido. Com certeza isso só foi possível em função das implicações positivas no bem-estar dos times, e é o que o resultado da pesquisa nos mostra: 87% dos profissionais de RH respondentes afirmam que o regime remoto proporcionou impactos positivos em suas rotinas. Flexibilidade no trabalho, melhora na relação entre empresa e equipes e redução de custos são apenas alguns deles”, pontua Tatiana Zacheo, CMO da Ahgora.
Prioridades do RH no pós-pandemia
A HR Innovation detectou, também, uma evolução quanto às prioridades de atuação do RH. A área precisou se adaptar em um curto período de tempo, e se reinventou para encontrar as melhores soluções para este novo cenário. Segundo a pesquisa, mais de 50% das empresas afirmaram que o foco do setor está na saúde e bem-estar dos colaboradores, tendência que deve se manter para o período pós-pandemia.
Não só, a cultura e o clima organizacional também aparecem como tendências fortes no estudo. “São estes valores que agora norteiam a capacidade de atração e engajamento dos colaboradores, bem como o aumento de sua produtividade. Os números mostraram que o RH estratégico está ganhando o seu espaço, mas que ainda há lacunas quanto ao uso da tecnologia no setor. Reforçamos a importância de usá-la como aliada para que o RH ganhe tempo para colocar o foco no seu ativo mais importante: pessoas”, conclui Tatiana, da Ahgora.