O movimento das empresas para uma cultura de suporte
Da redação @MundoRH
Com o Supremo Tribunal Federal recentemente suspendendo o julgamento sobre licença-paternidade e a crescente discussão sobre a adequação das políticas brasileiras em relação a padrões internacionais, o papel das empresas em promover a paternidade ativa nunca foi tão relevante. Em comparação com países como Coreia do Sul, Japão e Dinamarca, o Brasil oferece um período consideravelmente menor de licença.
Um estudo recente de 2022 realizado pela consultoria Bematize revelou que o auxílio-creche lidera a lista de benefícios escolhidos por colaboradores em programas flexíveis, com 38,57% das preferências. Esse dado indica uma crescente valorização da família no ambiente corporativo. Empresas progressistas estão percebendo essa tendência e incorporando licenças parentais como parte de suas estratégias de diversidade e retenção de talentos.
Além de beneficiar os pais, uma licença parental igualitária tem impactos profundos na dinâmica familiar, conforme destacado em um estudo da McKinsey publicado pela Forbes. Pais têm a oportunidade de fortalecer laços com seus filhos, enquanto mães se sentem menos sobrecarregadas, principalmente após o parto.
Ronn Gabay, especialista em benefícios da Bematize, sugere várias práticas que as empresas podem adotar para promover a paternidade ativa:
- Ampliar a licença-paternidade: Isto não só suporta a paternidade ativa, mas também pode levar a um retorno ao trabalho mais motivado.
- Oferecer treinamentos para pais: Preparar pais para os desafios do cuidado com recém-nascidos.
- Benefícios flexíveis: Permitir que os pais escolham benefícios que atendam suas necessidades, como auxílio-creche e planos de saúde.
- Incentivos familiares: Desde vales-presente até ações que conectam a família à empresa.
- Ações de endomarketing: Campanhas internas, como Dia das Crianças e campanhas de vacinação, podem fortalecer a relação entre empresa, funcionário e sua família.
Além disso, Gabay sugere práticas como canais de comunicação específicos para pais, políticas de home office flexíveis, apoio psicológico e incentivos em datas comemorativas.
Ao final, uma coisa é clara: empresas que apoiam a paternidade ativa estão não só investindo em seus funcionários, mas também moldando uma cultura corporativa mais inclusiva e equilibrada.