Trabalhar em startups e desenvolver uma carreira empreendedora parece ser a marca registrada desta geração
Em 2020, os millennials serão metade de toda a força de trabalho nos EUA, de acordo com a revista Forbes. Aqui no Brasil, apesar de representarem uma importante fatia de mão de obra no mercado, o que nem todo mundo sabe é que os jovens nascidos entre o início da década de 80 e meados dos anos 90 têm despontado também como empreendedores.
Segundo um levantamento da Revelo, plataforma de recrutamento digital, nos cinco primeiros anos depois da graduação, millennials empreenderam 94% mais do que profissionais de outras gerações. O estudo, que analisou o perfil de 13 mil candidatos cadastrados na plataforma, ainda apontou que millennials trabalharam 42% mais em startups do que não-millennials a partir de 2010.
De fato, trabalhar em startups e desenvolver uma carreira empreendedora parece ser a marca registrada desta geração. Abaixo, temos alguns cases bem interessantes de empreendedores abaixo dos 30 anos. Confira:
Clayton Oliveira, do 99fórmulas
Clayton Oliveira inaugurou seu histórico como fundador de startups aos 22 anos, quando colaborou com a criação da Marmotex, onde foi também CTO. Hoje à frente do 99fórmulas, startup que faz cotações de medicamentos manipulados, Clayton revela que “identificar a dor de um mercado ou um nicho e desenvolver a solução para resolvê-las é o que mais me inspira. Atualmente, nosso desafio é nos posicionar como o melhor site para se obter informações de medicamentos manipulados, favorecendo a decisão de compra”. Fundada em 2018 pelos empreendedores André Ghion, Clayton Oliveira e Ronaldo Takahashi, a startup encurta o caminho entre consumidores e farmácias de manipulação, comparando orçamentos de receitas médicas através de sua plataforma online com agilidade e segurança.
Carolina Mendes, da LaPag
Por sua vez, Carolina Mendes da Costa, 22 anos, sonhava em trabalhar no mercado financeiro desde criança, inspirada na profissão de sua mãe. Mas quando ingressou na faculdade, descobriu que gostava mais de liderar pessoas e projetos do que fazer análise financeira. Carolina fez pesquisa de campo com diversos estabelecimentos e, em 2016, lançou a LaPag, fintech de meios de pagamento para salões de beleza, barbearias, estúdios de tatuagem e clínicas de estética.
A solução da startup inclui uma maquininha de cartão que faz o split automático de comissões, e um sistema online e gratuito de gestão financeira, que permite aos donos acompanhar fluxo de caixa e planejar o negócio de maneira estratégica. A maior dificuldade foi encontrar dinheiro para começar: na época, a estudante não tinha reservas e nem queria pegar dinheiro emprestado. Resolveu, então, vender brigadeiros para na faculdade. Com R$ 4 mil, deu início à LaPag. Menos de dois anos depois, a empresa chamou tanta atenção dos investidores que recebeu aporte de R$ 1,5 milhão. Também foi selecionada para uma programa de aceleração da Visa no ano passado.
Felipe Oliva e Carlos Tristan, da Squid
Os engenheiros Felipe Oliva, 28, e Carlos Tristan, 29, fundaram a primeira plataforma de marketing de influência com foco em microinfluenciadores, cujo principal objetivo é ajudar marcas a humanizarem a comunicação por meio do trabalho com influenciadores digitais. Eles enxergaram a oportunidade de empreender em um mercado em constante crescimento e que, atualmente, é extremamente estratégico para as marcas e fundaram, em 2015, a Squid.
A Squid, por meio de agências ou contatos diretos com as empresas, auxilia na cocriação de ações para humanizar ações publicitárias, dando vozes aos produtores de conteúdo que possuem entre 5 mil e 100 mil seguidores. Em 4 anos de empresa, foram divulgadas mais de mil campanhas, entre elas com a 99, Bradesco, Calvin Klein, Unilever, Chevrolet, Natura entre outros.