A necessidade de estarmos em contato com o mundo
Nos últimos anos tenho me aproximado muito do novo mundo, que inova, que empreende, que evolui, que se reinventa, que colabora, que nos transforma, ao mesmo tempo e por influência deste contexto, tenho me conectado mais com mais gente, gente essa que me surpreende por várias coisas, dentre elas destaco dois importantes pontos:
- Por existir muitas pessoas que não querem estar conectadas com este mundo que muda e por isso não mudam;
- Por existir pessoas que ainda não se deram conta dos benefícios de se ter e cultivar uma rede genuína de conexão e relação social (rede social), que é diferente de estar presente no Facebook, Linkedin, Instagram, Twitter, Whatsaap etc.
A cada dia que passa eu me surpreendo, pois conheço alguma coisa que eu não conhecia, e isso acontece a cada minuto neste novo mundo e com uma velocidade muito rápida. O fato é o seguinte, não preciso ficar preocupado se eu não aprendo todos os dias novas coisas, mas eu tenho que ter ciência que mundo lá fora muda mesmo se eu não quiser, se eu me desconectar das mudanças, as mesmas não vão deixar de impactar a minha vida.
Agora o que é mais mágico, é que conheço novas coisas todos os dias, porque conecto, fortaleço, construo e me divirto, genuinamente e frequentemente, com a minha rede social (rede de colegas / de pessoas). Quero dizer que, num mundo de rápidas mudanças o exercício de se aproximar e colaborar com as pessoas da sua rede, e conversar com elas, te aproxima das mudanças que o mundo passa, ou seja, para viver bem hoje precisamos ter a habilidade e gostar de se relacionar bem com gente.
E o que tenho visto é que muitos profissionais se dão conta da importância de se praticar e estruturar estes dois pontos que acima mencionei, apenas quando eles perdem algo, normalmente seus empregos. É neste difícil momento que eles voltam a se conectar com o mundo que mudou e acionam as suas “redes”, e infelizmente notam que o seu mundo não existe mais e assim como descobrem que a sua rede não existe ou é muito frágil. Neste contexto uma coisa eu não tenho dúvidas, as plataformas tecnológicas de redes sociais podem e ajudam muito, mas poucas pessoas entenderam como utilizá-las neste sentido.
E aí vem a pergunta matadora – O que posso fazer para ter uma rede social boa para me conectar com pessoas e com o mundo?
Para este dilema não trago respostas, mas sim mais perguntas, que destaco abaixo:
- O que você fez depois que encontra pessoas e tem contato com novidades?
- O que você aprendeu com nestes encontros?
- O que você faria diferente na sua vida com este aprendizado?
No fundo no fundo, todos nós temos a opção da escolha, pessoas passam todos dias em nossas frente, em reuniões, mensagens nas redes sociais, telefonemas, encontros por acaso na rua … e aí como você aproveita genuinamente as oportunidades geradas destes encontros? Grande parte das pessoas não aproveitam.
Um possível caminho para aproveitar estas oportunidades geradas que mencionei no parágrafo acima, surge quando me lembro da atitude presente em um antigo e marcante filme, cujo título é “Corrente do Bem“. O filme relata a história de um menino chamado Trevor, que ao assistir uma aula de Estudos Sociais, onde o seu Professor Eugene Simonet propõe à sua classe o desafio de mudar o mundo, e ele se vê estimulado a trazer a melhor proposta de ação para a meta colocada.
O professor Eugene, promoveu antes da entrega do trabalho, uma reflexão baseada em três pontos destacados abaixo, com os alunos da classe desafiada:
- O que o mundo espera de vocês?
- Quantas vezes vocês pensaram nas coisas que acontecem fora da sua casa / cidade?
- Você conseguem fazer uma mudança visível?
A ideia do principal personagem do filme, Trevor, para este desafio colocado pelo seu professor, foi a criação da corrente do bem, onde um pessoa faria três grandes favores a outras três pessoas, mas algo que elas não conseguiriam fazer sozinhas, e cada uma destas pessoas fariam mais três favores a outras três pessoas e ai a corrente do bem iria aumentando rapidamente.
https://www.youtube.com/watch?v=YoK6nxFimgA&feature=youtu.be
Criar rede social e estar conectado neste mundo que emerge, é praticar a corrente do bem no seu dia a dia, tente e veja se não funciona.
Muitas vezes olhamos para fora e encontramos o que não temos, e o que nos frustra, é perceber que esquecemos de olhar para dentro e compartilhar o que temos. As verdadeiras redes sociais e a corrente do bem, surgem deste processo de descoberta do que temos e compartilhamos, aproveite o que você tem de melhor.
Por Gustavo Mançanares Leme, executivo de RH com experiências em processos de transformações culturais e turn around de negócios.