Estimule a inovação: A criatividade através da neurociência e da subversão de padrões
Colunista Mundo RH, Lilian Giorgi é Managing Director da A&M
Inventor da lâmpada elétrica incandescente, do fonógrafo e de muitos outros produtos revolucionários, o empresário norte-americano Thomas Edison é um ícone da criatividade. É dele também a célebre frase: “talento é 1% inspiração e 99% transpiração”.
Apesar de parecer subjetiva (e, de fato, ser), a criatividade é uma habilidade nata, basta observar o fantástico mundo lúdico de uma criança. Mas, se criar está em nosso DNA, por que a capacidade de inovar parece diminuir conforme os anos passam?
De acordo com especialistas, a criatividade é como um músculo: é preciso exercitá-la diariamente para torná-la cada vez mais forte.
Vou um pouco além nesse raciocínio: criatividade envolve a combinação de habilidades pessoais e percepções externas, ambas em função de criar alternativas para uma realidade que se percebe com potencial para ser melhor, mais eficiente. Logo, é algo que precisa de tempo e atenção para ser desenvolvido e aperfeiçoado.
Além disso, seu desenvolvimento também depende de diversos aspectos que formam a identidade das pessoas, sejam eles religiosos, familiares ou sociais. Sabemos bem o quanto dogmas e valores culturais podem atuar como fatores limitantes na criação de novas ideias e pensamentos que modifiquem ordens já estabelecidas.
Há alguns dias, li um estudo sobre Neuro Criatividade Subversiva – foi o que me deu o estalo para escrever este artigo. Em poucas palavras, essa é uma abordagem que combina neurociência e criatividade para estimular novas formas de pensar e agir. Ela busca desafiar e subverter os padrões estabelecidos, utilizando técnicas que estimulam diferentes áreas cognitivas do cérebro para impulsionar a criatividade e a capacidade de pensamento não convencional. O objetivo é explorar o potencial criativo do cérebro humano e descobrir novas soluções para problemas complexos.
Longe de mim afirmar que essa abordagem é certa ou infalível. O que quero aqui é propor uma reflexão: como andam nossas avenidas criativas? Afinal, a criatividade é fundamental para nossa evolução pessoal, no trabalho e como sociedade.
Quando você cria algo, é impossível ter certeza de vai dar certo. Mas, se vale alguma dica, penso que precisamos lutar contra nosso instinto de preservação para sermos mais abertos, diversos e colaborativos. Assim, conseguiremos abrir caminhos para explorar melhor nossa criatividade e gerar inovações que tenham valor para nós e nosso ambiente.
Para isso, precisamos lutar contra a cultura de que não podemos falhar e passar a encarar o erro como parte do processo criativo. Como Thomas Edison também disse, “se quiser ter uma boa ideia, tenha antes uma porção de ideias”.