Empresas de consumo e varejo priorizam talentos internos, conforme estudo da Russell Reynolds
Um estudo recente da Russell Reynolds Associates, referência global em consultoria de lideranças, aponta uma mudança significativa nas estratégias de contratação no setor de Consumo e Varejo. As empresas estão desacelerando a busca por novas lideranças externas e focando no desenvolvimento de talentos internos para fortalecer a resiliência corporativa e enfrentar a escassez de talentos.
O relatório, baseado na pesquisa CEO Consumer Review, mostra que as organizações do setor estão adotando uma abordagem mais rigorosa na seleção de executivos externos, enquanto priorizam a construção de um plano de sucessão eficaz. “Antes, a ênfase era atrair novos talentos, mas agora a meta é desenvolver os executivos já presentes na empresa”, afirma Henrique Carneiro, sócio-diretor da Russell Reynolds. Ele enfatiza que a liderança está em constante evolução e as empresas precisam estar preparadas para desafios futuros.
O estudo também revela uma preocupação crescente com a melhoria da coesão e eficácia das Equipes de Liderança Executiva (ELTs). Diante da pressão por resultados imediatos, fusões, aquisições e mudanças nos modelos de negócios, os líderes buscam estratégias para prolongar a curva de crescimento das empresas, apesar das incertezas econômicas.
A pesquisa destaca quatro imperativos para construir resiliência corporativa e ELTs de alta performance: avaliar os pontos fortes e vulnerabilidades da liderança atual, desenvolver habilidades essenciais, alinhar estratégias de equipe e aprimorar o planejamento sucessório. Surpreendentemente, o Monitor Global de Liderança da Russell Reynolds revelou que, embora 52% dos conselheiros vejam o planejamento sucessório como proativo, apenas 19% dos executivos concordam, destacando a necessidade de um processo de sucessão mais estruturado e alinhado.
Carneiro ressalta a importância de revisitar regularmente as competências necessárias para lideranças, adaptando-as aos objetivos de longo prazo da empresa. Ele adverte contra a busca pelo líder “perfeito” e defende a valorização da capacidade de aprendizado e autenticidade em candidatos potenciais.
Esta mudança de foco para o desenvolvimento de talentos internos e planos de sucessão estratégicos sinaliza uma nova era para o setor de Consumo e Varejo, onde a resiliência e inovação das lideranças tornam-se essenciais para o sucesso empresarial.