Ao longo da nossa história, grandes acontecimentos externos auxiliaram em transformações significativas no mundo corporativo. O ano de 2020 foi um catalisador das mudanças nos formatos de vida e trabalho no mundo. A pandemia obrigou as empresas a transformarem sua forma de atuar com colaboradores e mercado da noite para o dia. Modelos de trabalho híbridos e remotos tomaram forma, assim como novos modelos de contratação. Com esse cenário inédito, as empresas Reali e Grou realizaram, em parceria, a pesquisa Human Office, que apresenta um aprofundamento de como algumas empresas e profissionais conseguiram potencializar-se no último ano.
“Inicialmente, acreditava-se em mudanças temporárias e um retorno ao antigo modus operandi. Com o tempo, com a evolução do vírus e suas consequências, podemos dizer que vivemos “ondas de transformação” que ainda não sabemos a intensidade e duração. O que já podemos afirmar, passado o primeiro ano, é que as mudanças serão estruturais e afetarão a todas as organizações”, explica Thais Reali, CEO da consultoria de design estratégico, Reali Hub Innovation.
O estudo qualitativo entrevistou 18 profissionais que são referências no país, entre outubro e novembro de 2020. Alguns estão à frente da área de gestão de pessoas de empresas dos mais variados segmentos como C&A, Great Place to Work, Employer Branding Brasil, Mercur, StartSe, Warren Brasil, TSE, Arezzo & Co, Adoro Home Office, Gerdau, Mama Jobs, Grupo DASS, SLC Agrícola, Hercosul e Marini Latin America. São respostas, novos comportamentos, novas formas de atuação e novos questionamentos que inspiram o nascimento de novos conceitos no que tange ao tema e as formas de trabalho.
Inovações e mudanças acontecem quando temos escassez de recursos e um objetivo claro e maior para resolver. A pandemia trouxe a falta de experiência e referenciais, predição de futuro, segurança e liberdade. A pesquisa captou como algumas destas empresas aproveitaram o momento para se transformar e criou uma Mandala de Inovação (imagem anexa) com Objetivo comum/Entrega de valor; Autonomia; Comunicação aberta e frequente, Colaborar; Get things done; Pensar fora da caixa; Simplificar; Mensurar sucesso; Pivotar sempre que necessário e Open the source.
Diferentemente de outros momentos, os objetivos e desafios organizacionais eram claros e foram compartilhados pela alta gestão. Muitas adotaram uma postura ativa, transparente e de comunicação contínua, que gerou uma mudança clara de postura e engajamento de todos. Além disso, houve uma série de ações relevantes de suporte aos colaboradores: não-demissão, pesquisas de pulso periódicas, palestras e cursos e apoio de saúde mental.
A visão de oportunidade, apesar do medo, foi o diferencial entre empresas que aproveitaram o momento para se transformar. De qualquer forma, o processo de adaptações e mudanças é complexo e permeia não apenas o lado corporativo como também o lado humano.
Essas empresas, principalmente as mais estratégicas e de cultura estabelecida, começaram a perceber que não estavam perdendo produtividade e engajamento. Com isso, a flexibilização dos formatos de trabalho veio para ficar. A grande transformação é a virada de um modelo fixo de trabalho para um modelo fluido, onde o trabalho permeia e transita entre tempos, esferas e ambientes; e a entrega é o foco e o resultado. O ponto de atenção é a busca por equilíbrio.
Essa transição trouxe uma série de outras transformações que permeiam a gestão dos negócios e uma nova forma de viver e trabalhar dos colaboradores. Transformações que precisam acontecer para aproveitar esta oportunidade e este cenário de inovação – por mais difícil, desafiador e incerto que ele seja e permaneça. O estudo conseguiu apontar 10 grandes transformações que precisam ser debatidas e, principalmente, implementadas, para que seja possível criar a base dessa revolução nos formatos de trabalho.
1) Da Estrutura Física para Arquitetura do não espaço;
2) De Líder-chefe para Líder-mentor;
3) De Produtividade como tempo despendido por atividade para Produtividade como qualidade e entrega;
4) De Saúde Mental como preocupação somente do RH para uma bandeira de todos;
5) De Missão, Visão e Valores para Prática efetiva da cultura;
6) De Fazer para Fazer com;
7) De Precisamos pensar em diversidade para precisamos agir para promover inclusão;
8) De Soft Skills como diferencial para Soft skills como essencial;
9) De Gestão de pessoas como área de apoio para Gestão de pessoas como protagonista da transformação.
E a principal de todas as 10 transformações:
10) de Office ou Home Office para primeiro Human, depois Office.
“Acreditamos em empresas mais humanas que conseguem alcançar sua sustentabilidade financeira através de um olhar diferenciado e centrado nas pessoas. Esses são o momento e o ambiente mais propício que tivemos nos últimos tempos para fazermos acontecer as transformações necessárias no mundo corporativo e nas formas de trabalho”, conclui Carolina Fuhrmeister, CEO da Grou, que oferece soluções e ferramentas com foco em gestão de pessoas.
É possível ter acesso ao conteúdo do estudo no link https://gestaodepessoas.grougp.com.br/human-office