O dilema dos técnicos de futebol: Reflexões sobre a instabilidade no comando dos clubes
A recente demissão de Mano Menezes do Corinthians realça uma tendência preocupante no futebol: a rápida substituição de técnicos frente aos resultados negativos. Essa prática contrasta com as estratégias de gestão de pessoas no mundo corporativo, onde a estabilidade e coerência na liderança são frequentemente valorizadas.
No futebol, a comunicação entre técnicos e jogadores, assim como a coerência e a transparência da liderança, são cruciais. Similarmente, no ambiente corporativo, líderes eficazes são aqueles que alinham suas ações às suas palavras, construindo uma confiança sólida com a equipe. No entanto, o futebol tende a ter uma abordagem mais reativa, frequentemente mudando de técnicos como uma solução rápida para problemas de desempenho, enquanto no ambiente corporativo, a ênfase recai sobre o desenvolvimento contínuo e apoio aos líderes.
A prática de demitir líderes baseando-se apenas nos resultados imediatos, como no caso do futebol, pode não ser a mais eficaz a longo prazo. No mundo corporativo, aprendeu-se que lideranças consistentes, que promovem crescimento e desenvolvimento, tendem a gerar resultados mais sustentáveis. Portanto, essa diferença de abordagens entre os dois mundos levanta questões sobre a eficácia da gestão de pessoas no futebol e a necessidade de uma reflexão mais profunda sobre como líderes são avaliados e apoiados em suas funções.
A gestão de pessoas no futebol, ao enfatizar a rápida mudança de técnicos, pode não promover um ambiente de estabilidade e crescimento a longo prazo. Em comparação, no mundo corporativo, há uma tendência de investir no desenvolvimento contínuo de líderes, mesmo diante de desafios. A prática de demitir treinadores com base apenas em resultados imediatos contradiz a abordagem mais holística e estratégica adotada nas empresas, onde a estabilidade e a coerência na liderança são essenciais para o sucesso a longo prazo.
Essa diferença de abordagens ressalta a importância de uma reflexão mais profunda sobre as práticas de gestão de pessoas nos clubes de futebol. Talvez seja necessário reavaliar como os treinadores são apoiados e avaliados, buscando uma abordagem mais equilibrada que considere tanto o desenvolvimento da equipe quanto os resultados imediatos.