Um levantamento realizado pela ADP Research Institute, no fim de 2020, em 25 países em todo o mundo, mostrou que os trabalhadores brasileiros são os que apresentam maior engajamento no local de trabalho, considerando a região da América Latina. Segundo os dados da pesquisa, 18% dos colaboradores do Brasil estão totalmente engajados no ambiente laboral, contra 16% dos mexicanos e 15% dos argentinos.
O estudo, que entrevistou cerca de 27 mil colaboradores, define o engajamento como uma atitude positiva e dedicada em relação ao trabalho e ao empregador. Segundo Mariane Guerra, vice-presidente de Recursos Humanos da ADP na América Latina, nos últimos anos, as empresas têm adotado medidas para tornar a gestão de pessoas mais humanizada e próxima dos colaboradores, e isso, sem dúvida, ajuda a tornar os funcionários mais engajados no trabalho.
“O estudo mostrou que os trabalhadores que confiam no seu líder têm 12 vezes mais chance de ser engajado. Por isso, empresas que criam formas de desburocratizar processos e focar as ações do RH nas pessoas terão funcionários mais comprometidos”, explica.
A pesquisa, realizada pela ADP, ouviu os entrevistados, também, quanto à resiliência, que é definida como a capacidade de resistir a condições desafiadoras no local e durante o trabalho. Neste quesito, entre os países analisados na América Latina, o percentual do Brasil ficou em 16%, atrás apenas dos mexicanos, que alcançaram 17%.
Experiência pessoal com o COVID-19
O levantamento mapeou, ainda, o impacto do novo coronavírus nos trabalhadores, e apontou que o fato de um país ter experimentado um alto ou baixo impacto da pandemia não teve efeito estatisticamente significativo no índice de engajamento ou de resiliência no ambiente de trabalho. Entre os trabalhadores que afirmaram ter algum contato com a COVID-19 (ter sido infectado ou o vírus atingir algum familiar, conhecido e colega), o Brasil é o local onde o percentual foi mais elevado, com 56%. No México este número ficou em 44% e na Argentina, 21%.