A pandemia de Covid-19 atingiu em cheio o mercado de trabalho, que já tentava se recuperar de um cenário difícil antes mesmo da crise sanitária. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desocupação chegou a 14,7% no primeiro trimestre de 2021, a maior desde o início da série histórica em 2012. Em julho, o número recuou para 13,7%, correspondendo a mais de 14 milhões de pessoas buscando emprego.
Com o avanço da imunização, uma das soluções encontrada por muitos empregadores para tentar evitar novas contaminações nos ambientes de trabalho foi passar a exigir o certificado de vacinação contra a Covid-19 para novos contratados. Dados do Indeed, site número 1 de empregos no mundo, mostram que apesar de ainda representar uma parcela pequena entre todos os anúncios de vagas no site, menos de 1% mencionam a necessidade de vacinação, o número de anúncios na plataforma que requerem a vacinação dos candidatos subiu 515% de agosto para outubro.
Em agosto eram 91 anúncios por milhão, em setembro o número saltou para 327 por milhão e em outubro o Indeed detectou 560 anúncios de vagas por milhão que mencionavam a exigência de vacinação, sem necessariamente explicitar “Covid-19” na descrição da vaga.
Já os anúncios que explicitamente mencionam a vacinação contra Covid-19 subiram 894% entre agosto e outubro na plataforma. Em agosto eram 32 anúncios de vaga por milhão com a menção a vacina de Covid-19, em setembro eram 154 por milhão e em outubro o número saltou para 318 anúncios de vaga por milhão mencionando a exigência da vacina de Covid-19.