Reinventando o RH pelas expectativas modernas dos colaboradores
Na era atual, marcada por um leque ampliado de expectativas dos colaboradores, a função do Recursos Humanos (RH) se torna ainda mais crucial e complexa. Uma recente pesquisa conduzida pela WeWork revelou que 68% das pessoas estão agora priorizando aspectos da vida além do profissional, uma mudança significativa em relação ao período pré-2021. Essa tendência reflete uma crescente demanda por qualidade de vida e equilíbrio, desafiando o RH a repensar suas estratégias para manter a satisfação e retenção de talentos.
Contrariamente à abordagem tradicional, impor o retorno ao escritório tem se mostrado contraproducente, gerando insatisfação em 69% dos profissionais. Esta resistência sinaliza a dificuldade em definir um modelo de trabalho ideal, evidenciada por 55% dos trabalhadores que relatam alterações em seus arranjos de trabalho nos últimos seis meses.
Surpreendentemente, a pesquisa indica que apenas 21% dos departamentos de RH estão focando nas questões de comunicação eficaz, enquanto menos de 10% veem a adaptação e a liderança como desafios prementes. Raissa Mendes, head de people da WeWork, ressalta a importância de uma nova abordagem onde a escuta ativa e a orientação dos colaboradores sejam prioritárias. O objetivo é desenvolver métricas de desempenho que reflitam a realidade do trabalho híbrido e promovam um equilíbrio entre direitos e responsabilidades dentro da organização.
Além disso, a busca por flexibilidade nos modelos de trabalho e aprimoramento dos padrões de remuneração se destacam como elementos essenciais para atrair e manter talentos. O salário continua sendo o fator decisivo na escolha de um emprego, enquanto a flexibilidade se estabelece como um requisito fundamental.
Diante da grande resignação, do quiet quitting, e de outros fenômenos, o RH se encontra no epicentro de uma necessidade urgente de manter um diálogo equilibrado e construtivo, evitando o distanciamento e promovendo uma cultura de co-responsabilidade. Assim, enfrentando a complexidade das expectativas individuais e culturais, o RH é chamado a liderar com empatia, adaptabilidade e inovação para forjar relações de trabalho mais harmoniosas e produtivas.
