Repensar e preparar as organizações por meio das pessoas que farão a transformação cultural, tecnológica e de processos, que por sua vez vão viabilizar a sustentabilidade e o crescimento do negócio, são desafios que as empresas já vinham observando antes da pandemia. O coronavírus teve um papel acelerador desse processo.
Além da necessidade de alavancar a digitalização dos negócios, as empresas entenderam há bastante tempo que era preciso oferecer uma atenção especial aos colaboradores. E isso não se resumia a dar a eles condições mais ergonômicas de trabalho no home office, mas sim investir, efetivamente, em aumentar sua experiência em termos de desenvolvimento, bem-estar, engajamento, etc.
Com uma pandemia em curso e com a necessidade de lidar com a maioria dos funcionários em trabalho remoto, o desafio se tornou ainda maior. Agora, com o retorno gradual do trabalho presencial, as empresas terão a necessidade de redesenhar o modelo que melhor atenda suas necessidades, valorizando a experiência do colaborador.
Esse novo modelo de trabalho envolve um processo complexo, que necessita de metodologia e pessoas capazes para construir uma solução efetiva e adequada. Justamente nesse sentido, surge o conceito de Employee Experience Plus – EE+.
O EE+ objetiva a potencialização do capital humano, alavancando a experiência do colaborador e estabelecendo uma relação ganha-ganha entre empregado e empregador. Em outras palavras, o EE+ se propõe a transformar custo de pessoas em valor para a organização.
Para garantir efetividade para as organizações, evitando investimentos desnecessários, a metodologia EE+ parte de um diagnóstico ágil junto à direção e aos colaboradores, identificando de maneira otimizada os pontos de melhoria. Com isso se pode elaborar um plano para utilizar vetores específicos de Eficiência de Capital Humano, que vão impulsionar de forma precisa as ações necessárias para melhorar a experiência do colaborador e aumentar a rentabilidade das organizações. Outros efeitos alcançados com a aplicação do EE+ e bastante demandados pelas empresas são os aumentos da atração e retenção de talentos, que ocorrem naturalmente com uma melhor jornada dos colaboradores.
Em suma, a nova tendência de trabalho híbrido, combinando o presencial e o remoto na medida certa, precisa estar em sintonia com uma série de outras ações e inciativas para produzirem em conjunto os efeitos da potencialização do capital humano nas organizações.
José Carlos Figueira é diretor da Energy People, consultoria estratégica e operacional de RH.