O equilíbrio entre conectividade e bem-estar no uso de celulares corporativos
Em um mundo cada vez mais conectado, o uso de celulares corporativos se tornou comum em empresas de diferentes tamanhos. Dados do TIC Empresas indicam que, atualmente, até 92% das empresas com mais de 250 funcionários fornecem esses dispositivos a seus colaboradores, com uma média de 68% de adoção entre todos os tamanhos de negócios. Essa prática, embora traga benefícios como segurança, economia e produtividade, também acende um alerta sobre seu impacto psicológico nos funcionários.
Especialistas apontam para desafios como estresse, sobrecarga, desconexão da vida pessoal e distrações constantes como alguns dos efeitos colaterais dessa tecnologia no ambiente de trabalho. A sensação de estar sempre disponível pode prejudicar o descanso e o lazer dos colaboradores, além de dificultar a separação entre vida pessoal e profissional.
Para combater esses efeitos, empresas como a Urmobo, especializada em tecnologia, recomendam o uso de softwares de gerenciamento de dispositivos móveis (MDM). Essas ferramentas permitem monitorar o uso dos celulares corporativos, restringir acessos indesejados e controlar os horários de utilização, promovendo um equilíbrio saudável entre trabalho e vida pessoal.
Vinicius Oliverio, fundador da Urmobo, destaca a importância de “time fencing” para limitar o uso do celular corporativo ao horário comercial, ajudando a reduzir o estresse e prevenir o burnout. Com mais de 300.000 dispositivos já gerenciados pela empresa em 2023, fica evidente que as empresas estão cada vez mais atentas à necessidade de equilibrar produtividade e bem-estar dos funcionários.
Essa conscientização crescente por parte das organizações reflete uma mudança no paradigma de gestão, priorizando não apenas os resultados operacionais, mas também o capital humano. O desafio agora é implementar políticas que reconheçam as necessidades individuais dos colaboradores, promovendo ambientes de trabalho que favoreçam tanto o desempenho profissional quanto a qualidade de vida.
No entanto, é fundamental que as empresas mantenham um diálogo aberto com seus funcionários sobre o uso dos celulares corporativos e suas implicações. A inclusão dos colaboradores na tomada de decisões sobre as políticas de uso dos dispositivos móveis pode ajudar a garantir que as medidas adotadas sejam efetivas e bem-recebidas.
À medida que mais empresas se voltam para essas tecnologias de gerenciamento, espera-se uma melhora significativa na satisfação dos colaboradores e, por consequência, na produtividade e no clima organizacional. O desafio para o RH e para os líderes empresariais será manter-se atualizados sobre as melhores práticas e tecnologias disponíveis, garantindo que as estratégias adotadas estejam alinhadas com os valores e objetivos da empresa, assim como com as expectativas e necessidades de seus colaboradores.