À medida que empresas em todos os mercados e setores contemplam a rápida transformação global de como, quando e onde trabalhamos, a Intel encomendou uma pesquisa com 3.136 líderes empresariais em 17 países – incluindo o Brasil, para ouvir uma perspectiva em primeira pessoa sobre o estado de Diversidade e Inclusão (D&I) hoje, o impacto que a pandemia de COVID-19 teve no cumprimento de seus objetivos e de que forma planejam construir empresas inclusivas e diversificadas no futuro.
Porque é importante: A Intel está comprometida com o aumento da transparência das pesquisas de D&I no setor e, por isso, decidimos avaliar o estado de D&I nas empresas em nível global e nacional. A forma como os líderes de empresas do mundo todo integra D&I em seus sistemas, cultura empresarial e iniciativas foi profundamente afetada por conta da maior dispersão das forças de trabalho e do aumento da dependência tecnológica. À medida que planejam a próxima fase para suas organizações – seja ela remota, presencial ou híbrida – está claro que os líderes precisam encarar D&I de forma diferente. Na Intel, estamos usando dados para embasar nosso planejamento – e hoje compartilhamos as descobertas globais e regionais com o público para que outros possam consultar e aplicar esses insights em suas próprias forças de trabalho.
O que os dados globais mostram
As organizações encontram-se em um ponto de inflexão na forma como integram a D&I em seus sistemas, cultura e expectativas da liderança. Cerca de 63% dos participantes da pesquisa global afirmam que a pandemia de COVID-19 teve impacto positivo em D&I nas suas empresas. Todavia, o caminho para o sucesso ainda apresenta algumas discrepâncias. Enquanto 64% dos participantes com metas estabelecidas de D&I afirmam querer atingi-la nos próximos dois anos, um terço deles não tem certeza se suas empresas estão preparadas para tal, sugerindo a necessidade de mais investimentos.
Além disso, 30% dos líderes que relatam impacto negativo no progresso da D&I em suas empresas por conta da pandemia de COVID-19 viram uma queda no número de funcionários de grupos subrepresentados. Mais da metade desses líderes (54%) afirmam que funcionários com deficiência sofreram mais com demissões do que outros grupos durante a pandemia, ainda que 37% dos líderes globais indiquem que deficiência e acessibilidade são prioridade em seus investimentos em D&I.
Outras tendências apontadas pelo estudo incluem:
- A tecnologia tem papel fundamental no alcance das metas D&I:Com 89% dos executivos indicando que a tecnologia facilitará o cumprimento de metas em D&I e 35% afirmando que a tecnologia que apoia D&I é fundamental para alcançá-las, está claro que a tecnologia e os recursos serão essenciais na realização de iniciativas de D&I bem-sucedidas para uma força de trabalho distribuída. Todavia, 52% acreditam que a necessidade de adotar novas tecnologia irá prejudicar suas metas em D&I.
- Espaço para investimentos em stakeholders e financeiros: 57% dos líderes de negócios afirmam haver espaços para que suas empresas invistam mais em sistemas e iniciativas que promovem a D&I, sendo que 20% estão empenhados em garantir que os funcionários remotos e internos se beneficiem equitativamente das práticas de negócios que apoiam D&I nos próximos 12 meses. Por outro lado, baixos níveis de interesse de stakeholders seniores ou sem liderança sênior dedicada de D&I foram apontados como o desafio número 1 (36%) que poderia impedir as empresas de atingir seus objetivos.
- Líderes buscam padrões da indústria e conhecimento compartilhado: 51% dos entrevistados citaram o aumento na percepção, diálogo e mudança em toda a indústria para uma linguagem inclusiva em produtos e documentos como sendo útil para atender às metas organizacionais de D&I. Além disso, 37% dos líderes entrevistados disseram que gostariam de ter acesso a benchmarks /padrões da indústria globais para D&I e 37% querem mais colaboração em toda a indústria no que se refere à inclusão.
O que os líderes brasileiros pensam
No Brasil, a pesquisa foi conduzida entre 203 tomadores de decisões empresariais ou influenciadores da Política de Diversidade, Equidade e Inclusão, em organizações que empregam mais de 100 pessoas, em todo o Brasil. Dentre eles, metade (50%) diz que a pandemia da COVID teve um impacto positivo sobre D&I em sua organização e 64% afirmam que garantir que suas iniciativas existentes sejam eficazes é uma das três principais prioridades da empresa nos próximos 12 meses. E, para isso, a tecnologia é considerada uma grande aliada, tendo em vista que 97% concordam que a tecnologia facilitará o alcance de suas metas de D&I.
Um fato interessante é como a transformação e a adoção de novos modelos de trabalho é considerado um ponto importante para maior inclusão e diversidade, segundo os líderes. 56% disseram que novos modelos de trabalho lhes permitiram incorporar métodos de trabalho flexíveis e remotos que manterão a longo prazo e a mesma porcentagem considera que a aceleração da transformação digital incentivou a adoção de novas ferramentas que apoiam a inclusão. E quando pensamos em adaptabilidade, 64% disseram que sua organização adaptou significativamente as iniciativas de D&I para uma força de trabalho híbrida.
Mais algumas conclusões em relação aos líderes de negócios brasileiros incluem:
- 66% pensam que a tecnologia melhorará as iniciativas de contratação do D&I, e permitirá treinamento e apoio em tempo real;
- 55% acham que seus negócios passaram a se concentrar mais na igualdade de gênero;
- 84% disseram que sua organização estabeleceu metas de longo prazo para alcançar um ambiente de trabalho diversificado e inclusivo. Desses, 76% disseram que levaram entre 1 e 2 anos para alcançar suas metas (enquanto mundialmente é 64%).
O estudo está disponível neste link.