Temos uma transformação em curso na sociedade e isso é só o começo
Vivemos em um mundo em que as frequentes inovações tecnológicas nos fazem avançar rapidamente, em diferentes setores. No ramo financeiro não é diferente.
Dados da FintechLab mostram que o número de empresas atuando no segmento de tecnologia financeira no Brasil passou de 244 para 332 no ano passado, ou seja, um crescimento de mais de 35%. Um relatório da Goldman Sachs também estimou que as fintechs brasileiras vão gerar receitas de cerca de US$ 24 bilhões na próxima década.
Números compreensíveis, afinal ninguém mais quer perder horas em uma fila de banco ou em uma conversa com intermediários. E mais do que a perda de tempo, a ação bancária por meio de intermediários pode resultar em uma perda de dinheiro.
Afinal, todos nós sabemos que o promotor de crédito, conhecido como “pastinha”, responsável por originar operações de crédito com desconto em folha de pagamento para bancos fica com um percentual do serviço fechado. Sem ele, as taxas, portanto, tendem a cair. É uma realidade que não podemos lutar contra, pois o consumidor, mais do que nunca, anseia por facilidade, comodidade e boas condições.
Para resumir, precisar de um consultor para realizar um empréstimo é passado. Hoje, toda a ação de obtenção de crédito consignado, por exemplo, pode ser feita em cerca de meia hora, pelo smartphone ou tablet, com a livre escolha do consumidor em qual banco vai trabalhar.
É a 4ª revolução novamente impondo seu ritmo, acabando, muito em breve, com esse tipo de especialização profissional, os chamados “pastinhas”.
O mesmo deve acontecer, por exemplo, com os cobradores de ônibus: a tecnologia acabando com determinadas carreiras. E essa é uma tendência que aumentará ainda mais nas próximas décadas, em diferentes ramos. Afinal, no mundo em que vivemos, as inovações crescem de forma exponencial. Crianças já nascem em um mundo digitalizado, tendo acesso à tablets e smartphones.
Ou seja, ir contra a tecnologia é ir contra o empoderamento do cidadão. Temos uma transformação em curso na sociedade e isso é só o começo. No ramo financeiro, cada vez mais as transações de qualquer tipo serão feitas pelo celular, tablets ou computadores.
Por isso, é preciso haver uma aliança entre os bancos e as empresas de tecnologia para financeira e assim poder investir na qualificação dos novos profissionais. Mais do que isso, diante de tantos avanços no setor financeiro, é preciso haver parceria e confiança entre todos os lados. Pelo bom desenvolvimento da área e de nosso país. Sempre tendo o cidadão como centro e agente da transformação.
Por Marcio Feitoza, fundador e CEO do APP Meu TUDO.