É de conhecimento geral que um segundo idioma pode alavancar a carreira daqueles que se dedicam a aprendê-lo. Profissionais do país inteiro buscam se aperfeiçoar no inglês para abrirem portas em sua vida profissional ou conquistar novas oportunidades para além dela. A fluência e segurança na hora de falar são indicativos de que aquele colaborador se dedicou e tem muito a adicionar em qualquer ambiente corporativo.
Apesar de os benefícios de se dominar outro idioma serem mais do que conhecidos pelo público geral, é fato que os últimos anos não foram fáceis por aqui em termos de mercado de trabalho. Passamos por uma crise econômica e ainda sentimos os efeitos dela como o desemprego que hoje afeta 12,4% da população segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Se antes já estava difícil se focar em progredir na carreira, agora que muitos inclusive não têm mais carreira, fica mais complicado. Além disso, o Brasil está ranqueado como “baixo” em nível de proficiência do inglês segundo o índice EF EPI que analisa o conhecimento do idioma em países que não tem a língua como nativa.
Temos, portanto, este cenário atualmente: saber inglês é um fator muito importante na carreira de qualquer profissional, mas nossa base no idioma é falha e não satisfatória. Como mudar isso? Além de, obviamente, medidas do Estado para educação e profissionalização, acredito que uma ponte fundamental para que a situação mude positivamente é o incentivo a aprender o idioma dentro do ambiente corporativo.
Com anos de experiência no ensino de inglês focado para o mercado de trabalho afirmo que quando uma empresa abre suas portas para que seus funcionários possam melhorar o idioma, todos saem ganhando. Óbvio que os custos são sempre um ponto a se avaliar cirurgicamente, no entanto a tecnologia pode ser uma grande aliada para se mesurar este investimento. Hoje o desenvolvimento de competência dos alunos/colaboradores pode ser acompanhado e o progresso do aluno é digitalmente visível.
Não se prenda, por exemplo, ao tamanho ou ao segmento de seu negócio. Pensemos na gama de áreas que existem. Não vejo nenhuma em que o empreendedor não tenha melhorias consideráveis. Comércio, saúde, advocacia, tecnologia, prestação de serviços no geral, não há nenhuma área em que o inglês não seja um catalisador.
O empreendedor que trouxer mais incentivo ao idioma para dentro de seu negócio estará pensando grande e além. Novos horizontes e até mesmo contratos internacionais ficam mais próximos se a empresa como um todo estiver apta a recebê-los. Além do investimento em aulas, outra medida muito interessante é o English Day, no qual durante todo o tempo no escritório em um determinado dia os funcionários conversam apenas neste idioma. Desafiador, mas positivo.
É válido lembrar também que, além os benefícios como crescimento coletivo, fomentar o aprendizado de uma nova língua alimenta a motivação dos funcionários. A busca por aprimorar as habilidades é sentida na produtividade e a vontade de sempre melhorar em qualquer atividade se torna evidente. Outro ponto de extrema importância é a fidelização dos colaboradores, uma vez que é percebido o valor que a empresa dá para cada um e o investimento feito em seus crescimentos individuais dentro e fora do escritório.
Em resumo, se todos tiverem o idioma bem apurado, todos podem certamente crescer juntos. E não digo isso focado em empresas individualmente, mas pensando em nível nacional. Maior domínio do idioma, mais atrativos para investimentos, mais crescimento, mais empregos, é uma cadeia ascendente.
Por fim, empreendedor, vamos embarcar nessa juntos?
Por Raphael Ruiz , CEO e fundador do Instituto Mindset