Cláudia Marchi, Especialista em Desenvolvimento Humano
A unanimidade é: profissionais que tenham desenvolvido mais soft skills que hard skills. Para uma melhor compreensão disso, devemos ter em mente a seguinte premissa. Gente que tenha interesse em entender de gente como prioridade.
Parece simples, mas não é! Me Incomoda quando percebo este conceito difundido como uma “falácia ou modismo conceitual”. Temos que entender o que ele abriga de fato. Habilidades desenvolvidas através das experiências, da observação, da prática, da aprendizagem, da maturidade…Flexibilidade, adaptação, criatividade, autogestão, empatia, colaboração, atitudes equilibradas na prática e não na teoria.
Todos que lidam com pessoas e não unicamente com processos, não podem achar que é um mero discurso inalcançável. A dica aqui é: Nem banalizar, nem idolatrar. E sim, desenvolver.
O convite reflexivo é sobre priorizar uma pauta que deveria ser a lição número um para todo e qualquer profissional. Explorar, desenvolver, potencializar suas habilidades ligadas à inteligência emocional, dar valor ao aprender de fato com as experiências e relacionamentos interpessoais em prol de um comportamento melhor.
Seja o cargo que for, na empresa que for, na EXPERIÊNCIA que for, da trajetória do jovem aprendiz ao C- Level. Quem não tem equilíbrio, não tem nada. Não consegue mediar conflitos, superar frustração, não sabe ouvir, não reconhece suas próprias vulnerabilidades, não consegue empaticamente acolher um time ou se adaptar a um, criar soluções, superar adversidades, para todos os lados que observarmos nas relações humanas na vida, não tem escapatória! Ou você usa o equilíbrio emocional ou você está fora do game! E aqui uso a palavra “game” para enfaticamente, chamar atenção para a metáfora que tanto lemos e ouvimos e que confesso, me desconcerta seu uso indiscriminado.
Você já deve ter se deparado com: “para todo game over, há uma segunda chance.” Não é bem assim. Nem sempre na vida está colocação é aplicável. Há cenários que acabam, ferem, deixam marcas atemporais e fazem até pessoas adoecerem. E tratar de modo tão efêmero alguns momentos da vida é um atestado de superficialidade, de não cuidar do outro.
Exemplos como:
Racismo estrutural, não ser inclusivo, não será um simples game over e tudo bem; demitir alguém desrespeitosamente, também não; desconsiderar a saúde integral de profissionais da sua empresa e levar a pressão até um burnout, idem. Podem existir segundas chances? Espera-se que sim. MAS, tem um passivo aí que para muitos não se esgotam simplesmente. E cada um que sofreu é que sabe o que “desequilíbrios atitudinais” de terceiros causou.
Acredito muito na força do Perseverar sempre, entusiasmo que energiza para ressignificar! Recomeçar, levantando-se dos tombos, sempre!
Então, a mensagem que desejo fixar é de dar mais valor as pessoas, experiências, compromissos e aprendizados.
A dica é: esteja atento com seu jeito de ser e o impacto no todo. Desaprenda. Aprenda e reaprenda sempre! O que te fará bem ao trabalhar na empresa X ou y? Como você pode como um lifelong learner, passar pelas experiências sendo feliz e inspirar os outros? Respeite! Integre! Faça a sua parte genuinamente, sem ser a partir de uma cobrança externa. Desenvolva o SER mais do que o TER mais.
É isto que creio que as empresas esperam comportamentalmente de seus times hoje, para um amanhã melhor. Bora acreditar e SER!