Segundo o dicionário, pandemia significa enfermidade epidêmica amplamente disseminada. Para a Organização Mundial de Saúde (OMS), uma pandemia é a disseminação mundial de uma doença, ou seja, é quando a doença se espalha por vários países com uma transmissão contínua entre as pessoas. Deixamos claro aqui que uma pandemia significa doença com alta contaminação de pessoas, mas o termo não diz respeito à gravidade da doença (que pode ser pouco ou muito severa). É claro, no entanto, que as autoridades e órgãos competentes como a OMS levam também em consideração estes critérios.
É importante destacar que ao ser declarada uma pandemia, isso deve ser levado a sério. Todas as instruções dos órgãos de saúde precisam ser rigorosamente seguidas. No caso da COVID-19, antes mesmo de ela ser anunciada, houve um imenso trabalho de investigação e tentativa de contenção da doença por diversos setores e entidades envolvidas.
Dessa forma, os órgãos de saúde orientam os melhores cuidados a serem seguidos e, quando estes são acatados pela população, torna-se possível enfrentar a situação e passar por ela sem grandes prejuízos.
Frente a esse cenário, temos dois grupos de população: os que seguem as orientações e os que não seguem. Nesse momento, todos precisam seguir as recomendações. É um momento de união e cooperação, a fim de diminuir riscos e prejuízos. Vamos citar alguns exemplos: a pandemia de H1N1 que ocorreu em 2009. Naquela época, foram infectadas cerca de 1 bilhão de pessoas e, em seu primeiro ano, foram centenas de milhares de mortos. No início do século XX também aconteceu a gripe espanhola, que tirou a vida de cerca de 50 milhões de pessoas.
Agora vamos refletir! Será que estes números não poderiam ter sido reduzidos? O que deve ter faltado para que não houvesse tantas mortes? Isso é uma coisa a se pensar, e mais do que só pensar, a ser posto em prática.
Há quem diga que a COVID-19 levará muito mais pessoas à morte e há quem ache que não. Mas, em momentos assim, não seguir as recomendações pode custar a vida de pessoas ao nosso redor. Portanto, a prevenção ainda é a melhor alternativa — como dizem, a situação de risco só ocorre quando falha a prevenção.
Vários países anunciaram a quarentena como uma medida de prevenção para conter a disseminação da COVID-19 — países estes de primeiro mundo e bem estruturados.
E você sabe o que significa quarentena? Ela diz respeito ao período de isolamento para que seja reduzida a transmissão de uma doença. A quarentena restringe a circulação, mesmo de pessoas saudáveis, mas que podem estar com a doença e ainda não sabem, ou então ainda serem assintomáticas (ou seja, que não apresentam sintomas). Desse modo, essa medida garante que essas pessoas não vão continuar a transmissão da doença, principalmente para as pessoas que são do grupo de risco — aquelas que apresentam maior risco de morte quando contraem a doença. O isolamento social separa as pessoas infectadas das que estão saudáveis para que aquela pessoa que já está com a confirmação da doença não passe para outros.
Mas quando a quarentena é recomendada? Deve ser colocada em prática em situações de contaminação comunitária, quando já não é mais possível identificar a origem da infecção e não se sabe quem passou para quem. Ela ajuda a controlar o número de casos naquela região e também auxilia no controle para redução da disseminação da doença, porque restringindo a circulação é mais difícil que o vírus seja espalhado.
Testemunhamos países de primeiro mundo que mesmo em quarentena sofreram muitas perdas. Ser otimista é ótimo, precisamos disso, mas não podemos cair na ilusão de que vamos passar por isso sem nenhum prejuízo. Este é um momento de parar e refletir sobre como podemos enfrentar a situação com o menor prejuízo possível a todos.
Se não seguirmos as recomendações dos órgãos de saúde, teremos muitas dificuldades para controlar esta situação. Portanto, cada um necessita fazer a sua parte, pois juntos somos mais fortes para enfrentarmos e logo sairmos dessa pandemia. Consequentemente, vamos retomar e reestabelecer a economia do país.
Autores:
Cristiano Caveião é coordenador do curso de Tecnologia em Gerontologia – Cuidado ao Idoso do Centro Universitário Internacional Uninter.
Fabiana da Silva Prestes é professora do curso de Tecnologia em Gerontologia – Cuidado ao Idoso do Centro Universitário Internacional Uninter.