Uma das mais difíceis relações do mundo corporativo ocorre entre líderes e subordinados. E, embora esse relacionamento tenha melhorado muito ao longo dos anos, fruto de intensos processos judiciais no Ministério do Trabalho, há um árduo caminho que a liderança precisa percorrer para obter não apenas uma equipe integrada e produtiva, como também o respeito dos colaboradores.
Se antes esse respeito vinha por meio do medo, dada a superioridade de um cargo para outro, hoje ele está muito mais relacionado à empatia: a capacidade de se colocar no lugar do outro e reconhecer os limites dos colaboradores, efetuar uma escuta ativa e trabalhar não mandando, mas em parceria.
Os colaboradores trabalham melhor com líderes empáticos
É evidente que uma equipe com um bom relacionamento de trabalho tende a ser mais integrada e produtiva, mas já há dados que comprovam essa teoria: de acordo com estudo da Mindsight, 81% dos colaboradores encaram a empatia como uma prioridade para um bom líder.
No entanto, ainda que essa seja uma característica marcante para os colaboradores, é preciso reconhecer que a maior parte das relações não funciona dessa forma. O estudo destaca que 61% dos funcionários têm ou já tiveram uma relação ruim com seus chefes.
Entre os motivos, o principal é a falta de feedback ou comunicação com a equipe. Além disso, a pesquisa também aponta que sete em cada 100 participantes já sofreram algum abuso no trabalho de seus líderes, seja assédio moral ou sexual – este último bem mais frequente entre as mulheres.
Todo esse processo dificulta o relacionamento entre líderes e colaboradores, algo bastante notório durante a pandemia, com a imensa adesão ao home office. Vale destacar que, além das óbvias consequências, relações abusivas também geram desconfianças em colaboradores ao longo da carreira, o que prejudica tanto atuais, quanto futuras experiências.
Um líder que faz parte da equipe não se ausenta dela
Um ponto que vem sendo ressaltado ao longo dos anos é a preferência por líderes que, de fato, estejam ao lado da equipe que chefiam, e não à frente dela. Ter um chefe como braço direito do trabalho traz inúmeras vantagens, como maior confiança e abertura dos colaboradores, divisão justa de tarefas e produtividade elevada.
É importante pontuar que atuar em conjunto com a equipe também permite ao líder uma visão mais realista do dia a dia do trabalho, o que previne conflitos. Outros detalhes, como elogios aos colaboradores, escutas ativas, reuniões e relacionamentos mais próximos também constroem relações melhores.
Uma boa dica é consultar estratégias com profissionais de RH, que normalmente são formados em curso de psicologia ou gestão de pessoas e estão mais acostumados a essas estratégias.