Identificação de riscos e implementação de planos preventivos precisam ser concluídos até maio de 2025 para garantir conformidade com a legislação.
O relógio está correndo para as empresas se adequarem às novas diretrizes trazidas pela Portaria MTE 1419, que modificam a Norma Regulamentadora nº 1 (NR-1). Com o prazo final se aproximando (25 de maio de 2025), os empregadores precisam incluir a saúde mental no Programa de Gerenciamento de Riscos Ocupacionais (PGR). O objetivo é identificar fontes de estresse e outros fatores que possam prejudicar o bem-estar psíquico dos colaboradores, além de definir ações preventivas e corretivas.
A urgência de se adequar não é apenas uma questão de conformidade legal, mas também uma oportunidade de promover um ambiente de trabalho saudável e produtivo. Eduardo Lemes, vice-presidente comercial da Salvia Saúde Corporativa, que possui mais de 13 anos de experiência no setor de saúde ocupacional, destaca oito passos práticos para ajudar sua empresa a se ajustar às novas regras, evitando penalidades e promovendo o bem-estar dos funcionários.
1. Promoção ativa da saúde mental
Crie uma cultura que valorize a saúde mental, promovendo workshops, campanhas de conscientização e atividades de bem-estar. Essas iniciativas ajudam a equilibrar as demandas profissionais e pessoais, criando um ambiente mais saudável e motivador.
2. Prevenção de problemas mentais
Avaliar periodicamente o ambiente de trabalho é crucial para identificar e mitigar os riscos que podem desencadear problemas de saúde mental. Ações preventivas como gerenciamento de estresse, redução da sobrecarga de trabalho e programas de resiliência emocional, como mindfulness, são fundamentais para evitar o agravamento de condições psicológicas.
3. Oferecimento de assistência psicológica
Assegure que seus colaboradores tenham acesso a tratamento psicológico adequado. Ofereça suporte tanto presencial quanto por telemedicina, proporcionando acesso a psicólogos, psiquiatras e terapeutas, cobrindo tanto situações agudas quanto crônicas.
4. Monitoramento contínuo de dados
Acompanhe de perto os índices de absenteísmo e afastamentos relacionados à saúde mental. O monitoramento desses dados permitirá que sua empresa ajuste suas políticas preventivas e de apoio conforme as necessidades dos colaboradores, reduzindo, assim, custos com afastamentos e sinistralidade do plano de saúde.
5. Capacitação da liderança
Invista na capacitação dos gestores para que eles possam identificar e tratar precocemente questões de saúde mental. Gestores bem preparados ajudam a criar um ambiente de trabalho inclusivo, onde o bem-estar emocional é uma prioridade.
6. Integração com a Saúde Ocupacional
Alinhar o programa de saúde mental com as iniciativas de saúde ocupacional da empresa é um grande diferencial. Isso possibilita que a saúde mental seja abordada de forma ampla, incluindo questões ergonômicas, prevenção de doenças e o controle adequado de atestados médicos.
7. Incorporar a saúde mental ao PGR
A inclusão dos riscos psicossociais no PGR é uma etapa essencial. Identifique fatores como estresse, pressões emocionais e outras cargas psicológicas. Esse mapeamento ajuda a prevenir afastamentos por transtornos mentais, como ansiedade e depressão, e contribui para um ambiente de trabalho mais equilibrado e produtivo.
8. Auditorias internas periódicas
Garanta que o PGR esteja sempre atualizado e em conformidade com a legislação por meio de auditorias internas regulares. Essas revisões permitem ajustes contínuos nas ações implementadas, assegurando que sua empresa esteja sempre alinhada às normas de segurança e saúde mental no trabalho.
Adaptar-se às novas regras de saúde mental não é apenas uma necessidade legal, mas uma estratégia que pode transformar o ambiente corporativo, tornando-o mais saudável, produtivo e inclusivo. Ao seguir essas dicas, sua empresa não só estará em conformidade, mas também preparada para oferecer o suporte que seus colaboradores realmente precisam.