Metodologia de Objetivos e Resultados-Chave (OKR), usada amplamente por empresas de tecnologia, tem como principal diferencial a definição de objetivos claros, incentivo à autonomia de equipes e foco no resultado
Esqueça as metodologias pouco flexíveis e tradicionais durante o planejamento corporativo para ter uma estratégia bem-sucedida em 2023. A metodologia denominada Objectives and Key Results (OKRs), traduzida em português para Objetivos e Resultados-chave, que tem auxiliado empresas de todo o mundo a alcançar objetivos organizacionais melhores e mais rápido, tem a agilidade, autonomia do time e foco no resultado necessários para os tempos atuais.
“É fácil entender porque o método funciona. Por ser flexível e versátil, a ferramenta se adapta à cultura, necessidade e tamanho da empresa, além de definir objetivos claros, ao passo que permite que o time tenha autonomia e se sinta motivado e engajado para perseguir resultados”, explicou Luiz Corandin, especialista em OKRs, no Strategy Day, evento realizado pela AEVO, empresa brasileira de tecnologia para a gestão da inovação.
“Enxergamos o OKR como uma excelente metodologia para apoiar as grandes empresas na execução da estratégia. Entendemos que, além da flexibilidade que a metodologia entrega dentro da construção da estratégia em si, o seu grande destaque é o fato dela permitir o envolvimento de todos os colaboradores de uma organização na entrega do planejamento estratégico da companhia”, pontua Alexandre Pagung, Diretor de Marketing e Vendas na AEVO, que atende 160 médias e grandes empresas do país.
Para auxiliar gestores na definição de objetivos e alcance de resultados, Luiz listou três passos para a aplicação de OKRs e como reduzir os erros durante a aplicação da estratégia. “O primeiro passo, tomado pelo líder, é realizar um mapeamento da situação atual da empresa, em relação à área onde a metodologia será usada. A partir disso, o gestor vai ter um diagnóstico em mãos, o que vai facilitar na criação do objetivo”, explica o especialista.
Com intuito de ter uma gestão contínua, a metodologia defende a ideia de que o objetivo é a força motriz. “O segundo passo é a parte mais importante do processo. É quando o responsável junto a sua equipe traçam o objetivo que desejam alcançar. A principal dica aqui é traçar um objetivo desafiador, mas que possa ser alcançado. Isso porque, como qualquer estratégia, ela vai sofrer alterações no processo, mas, se tivermos uma meta realizável, evitamos frustrações e perda de recursos valiosos”.
Sabendo que novas demandas surgem ao longo do caminho, Luiz defende que os Key Results, Resultados-Chave, não devem ser tratados como um conjunto de tarefas imutáveis. “Geralmente, estabelecemos mais de um KR para alcançar o objetivo. Neste terceiro passo, é importante traçar KRs a curto prazo, tendo em mente que conforme a estratégia vai sendo aplicada, os KRs iniciais serão alterados, principalmente se eles não trouxeram os resultados desejados. Nesse momento, eles devem ser retirados do planejamento e substituídos”, detalha.
Estudando a Google como exemplo, o especialista finaliza explicando que paralelamente à execução da estratégia as pessoas também vão alterar seus comportamentos. “Com uma metodologia tão flexível, as pessoas vão ter mais autonomia durante o processo, vão trazer ideias e ajudarão os gestores a traçarem novos objetivos. Produzindo uma melhoria contínua em todas as frentes do negócio”, finaliza Luiz.
As OKRs têm como foco a colaboração para a conquista de metas ambiciosas e estão entre as mais modernas metodologias utilizadas atualmente para fazer gestão estratégica. Atualmente, além da Google, gigantes do mercado como Intel, Google, LinkedIn, Amazon, e diversas outras empresas, utilizam a metodologia de OKRs para definir, acompanhar e garantir a execução de metas organizacionais.