87% dos principais executivos de empresas mundiais reconhecem que o desengajamento está entre as principais ameaças para seu negócio
Hoje, para um colaborador permanecer na companhia e ter o máximo de seu potencial profissional aplicado nas tarefas do dia a dia, é preciso que ele esteja engajado, motivado e feliz. Diante desse cenário, a cocriação de jogos corporativos é cada vez mais uma solução de treinamento e até comunicação com colaboradores. Prova disso é o interesse de executivos pelo Game Jam, metodologia de engajamento, utilizada como ferramenta em empresas para despertar o Potencial Criativo e de Inovação dos colaboradores, bem como, para promover Integração e Sinergia.
No último dia 21, em São Paulo, um evento reuniu 120 participantes de 35 empresas e instituições representadas pela Cacau Show, Telefônica-Vivo, ESPM, KPMG, McDonald’s, TOTVS, Burger King, Caixa Econômica Federal e Associação Paulista de Medicina, que tiveram a experiência de cocriar jogos e conhecer a gamificação corporativa na prática.
Para Fernando Seacero, sócio-fundador da i9Ação, um dos pontos que atrai coordenadores, gerentes, analistas e os próprios colaboradores, é a ideia e possibilidade dos próprios funcionários cocriarem os jogos de aprendizagem e ter a oportunidade de aplicá-los no dia a dia de trabalho.
“Os executivos descobrem nessa vivência que a gamificação não é um bicho de sete cabeças, com a mão na massa os participantes cocriam soluções muito práticas, o que é um primeiro passo para tornar mais eficiente e divertida a forma como as pessoas aprendem nas organizações”, afirma Seacero. Ele acrescenta que o empoderamento criativo é um dos pontos que gera engajamento, tanto no desenvolvimento dos games como no conteúdo que deve ser ensinado pelo jogo, como segurança do trabalho, liderança, vendas, etc.
Na metodologia do Game Jam, os participantes cocriam jogos a partir de um processo estruturado de gamificação. “Isso engaja muito as pessoas, porque elas se transformam em embaixadoras do game criado, elas são as criadoras daquele jogo, construído pouco a pouco, por meio das experiências pessoais e profissionais de cada um dos participantes”, completa.
Para Glória Navarro, coordenadora de treinamento da Cacau Show, ficar somente em uma sala passando conteúdo para os funcionários não resulta em nada. Então, o RH busca uma interação constante, e a gamificação vem com esse propósito – de tornar mais eficaz os treinamentos. “Temos a proposta de colocar jogos em vários treinamentos que a Cacau Show tem – para uma rede de 8 mil colaboradores, em todo Brasil”, destacou.
Mais do que engajamento
Segundos os institutos Engagement Group e Gartner, colaboradores engajados são 480% mais comprometidos com o sucesso da companhia, 250% são mais propensos a recomendar melhorias em todas as áreas. Em contrapartida, ainda segundo eles, funcionários pouco engajados são 4x mais propensos a deixar seu trabalho, aumentando significativamente o turn over, e gestores com baixo engajamento tem 3x mais chances de possuírem equipes com baixo engajamento.