Cada indivíduo deve realizar pelo menos 30 minutos de atividades físicas moderadas ao longo da semana
Existem muitas maneiras de se exercitar, fazendo caminhadas ao ar livre ou na esteira de uma academia, depende do estilo e condições financeiras de cada adepto. A prática de atividade física faz parte da rotina das pessoas que querem qualidade de vida. Isso inclui perda peso, melhora no condicionamento físico, qualidade do sono e bem-estar no geral.
De acordo com Edison Tresca, professor do curso de Educação Física da Universidade UNIVERITAS/UNG, o corpo humano é um complexo biológico concebido para se movimentar. “A ausência ou pouca movimentação pode causar malefícios ao organismo. Por outro lado, o excesso de realização de atividades físicas também pode ser prejudicial. Pensando nestas atividades com o objetivo de promoção de qualidade de vida e saúde, deve-se considerar que, para cada indivíduo haverá um nível de exigência ideal. Tanto exercitar-se muito pouco ou nada, ou exercitar-se demais, pode ser prejudicial, ressaltando que a pessoa indicada para melhor orientar o praticante de qualquer exercício físico é o profissional de Educação Física”, explica.
Quais os benefícios da caminhada para o corpo e a mente?
A caminhada, quando realizada na intensidade ideal para o indivíduo, proporciona a melhora da circulação sanguínea podendo prevenir problemas vasculares, a melhora da resistência do corpo, evitando o cansaço por qualquer pequena exigência como subir um pequeno lance de escadas, a melhora da força muscular, principalmente de membros inferiores. Quando realizada com frequência e regularidade, pode melhorar o condicionamento cardíaco, contribuindo assim para uma melhor saúde de seu coração, além de ajudar no controle do peso corporal evitando a obesidade. Quando se pratica atividades físicas moderadas, apesar do desgaste natural do esforço, o indivíduo tem maior disposição para as atividades da vida diária, sentindo-se mais motivados e dispostos.
Quantas vezes por semana e quanto tempo é recomendo caminhar?
Cada indivíduo deve realizar pelo menos 30 minutos de atividades físicas moderadas ao longo da semana. Isso já seria suficiente, para proporcionar alguns benefícios. Entretanto, tendo oportunidade, deve-se praticar a caminhada moderada de 20 a 30 minutos, em dias alternados durante a semana, por várias semanas, os benefícios seriam bem maiores. Neste ponto, volto a afirmar, é muito importante a orientação de um profissional de Educação Física, credenciado pelo Conselho Regional da Profissão, que saberá identificar a frequência, tempo de execução e nível de exigência ideal para cada pessoa, além das técnicas corretas de realização de cada movimento.
Existe algum cuidado que deve ser tomado?
É possível presenciar várias pessoas caminhando em locais públicos, mas muitas vezes de forma inadequada, seja pelo uso de calçados e vestimentas, seja pela postura da movimentação ou intensidade do exercício. Procure utilizar calçados esportivos apropriados para a caminhada, que proporcionam conforto e amortecimento dos impactos durante as passadas, assim como roupas confortáveis que permitam a livre movimentação. Realizar exercícios de alongamento como forma de preparação para o início da caminhada evitando possíveis lesões. Realizar os movimentos de forma natural, sem forçar demais a amplitude das passadas, procurando manter a coluna ereta, evitando a projeção dos ombros para frente, mantenha-os elevados, mas descontraídos, oscilando alternadamente os braços para frente e para trás de forma naturalmente coordenada com os movimentos das pernas.
Caminhar é contraindicado para algum grupo de pessoas?
A contraindicação absoluta é determinada clinicamente, por exemplo, pelo médico cardiologista ou ortopedista, na presença de alguma enfermidade cardíaca ou articular preexistente, justificando assim sempre consultar-se para obter o atestado de apto para a prática de atividades físicas. Contraindicações relativas sempre dependerão das exigências da atividade física, que podem ser totalmente diferentes de um indivíduo para o outro, justificando assim a necessidade da orientação de um profissional de Educação Física que possui conhecimento e meios para saber com segurança como deve ser a prática mais adequada para cada caso. Mas mesmo assim, durante a caminhada, se a pessoa perceber que está respirando cada vez mais rápido e com maior dificuldade, que está ficando “sem fôlego”, ou se perceber dores articulares persistentes, deve reduzir bem o ritmo da caminhada, ou até mesmo parar para recuperar-se e voltar a caminhar em um ritmo mais leve.