Especialista explica os tipos de parcelamento disponíveis para usuários de cartões de crédito
Em uso no Brasil desde a década de 1950, o cartão de crédito é uma das principais modalidades de pagamento para 20% da população nacional, segundo dados da escola de negócios Fundação Dom Cabral (FDC). Uma das características que torna este meio de pagamento tão atraente, é a possibilidade de realizar parcelamentos. Prova disso é que 83% dos brasileiros preferem utilizar o cartão na hora de fracionar o pagamento de suas compras, de acordo com o SPC Brasil.
Embora seja preciso atenção para não deixar que as despesas do cartão se tornem uma “bola de neve”, o uso do plástico traz inúmeros benefícios aos usuários e pode ser fundamental em emergências. O parcelamento no cartão de crédito é o que permite, por exemplo, a compra de produtos e serviços sem que haja a necessidade de gastar todo o valor da compra em uma única vez, o que deixa o orçamento mensal mais livre para compras futuras.
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“Em muitos casos, o consumidor visa adquirir um produto que custa metade dos seus ganhos mensais. Se fosse comprar à vista, provavelmente não sobraria o suficiente para arcar com as despesas do restante do mês. Mas, ao parcelar, é possível ganhar mais fôlego para lidar com as finanças”, explica Jéssica Konishi, Gerente Executiva de Marketing Estratégico & Vendas, no Banco Cetelem. A executiva aponta ainda que existem diferentes tipos de parcelamentos, com taxas e juros específicos para cada objetivo, como segue abaixo.
Sem juros
O parcelamento sem juros é quando o consumidor divide o valor de uma compra em várias vezes, mas sem pagar qualquer valor a mais por isso: os famosos juros. No entanto, este tipo de transação não oferece a opção de dividir em um número grande de faturas, com 12 ou 24 vezes, por exemplo. Para Konishi, o ideal é se informar sobre qual é o limite de parcelas sem juros, antes de realizar uma compra.
Com juros
Neste modo de pagamento, o consumidor se compromete a pagar um valor extra por dividir uma compra em muitas parcelas. Isso porque, quanto maior o número de parcelas, maior o risco que a instituição corre de que o pagamento não seja honrado. Assim, o estabelecimento decide por cobrar os juros. A especialista do Banco Cetelem enfatiza que, ao fazer uma compra parcelada, é necessário estar atento ao valor final do produto com os juros somados. Só assim será possível entender exatamente qual será o valor total da compra.
Parcelamento da fatura do cartão
Neste caso, a negociação é feita diretamente com o banco. Após realizar as compras, o consumidor pode sentir que as parcelas estão mais altas do que seu orçamento. Dessa forma, é possível parcelar o valor da fatura do cartão de crédito para conseguir um alívio no mês. Neste tipo de parcelamento as taxas de juros podem ser fixadas, o que permite que a quantia em aberto possa ser paga em um prazo maior. No entanto, Jéssica Konishi lembra que o limite total do cartão fica bloqueado e só é liberado aos poucos, conforme as parcelas são pagas.
A executiva afirma ainda que é preciso se planejar com eficiência para que o pagamento parcelado do produto ou da fatura não influenciem negativamente no orçamento. Para evitar o descontrole com as faturas do cartão, é necessário ficar atento à data final das parcelas. Além disso, é importante evitar que elas coincidam com meses críticos, como dezembro e janeiro, quando é comum ter um gasto maior com férias, presentes, impostos matrícula escolar e despesas afins.
Uma outra opção para liquidar a dívida do cartão de crédito, sem ter que recorrer ao parcelamento, é o uso de empréstimo. Segundo o especialista, as taxas podem ser mais convidativas, principalmente se o consumidor for aposentado ou pensionista do INSS. “Esta modalidade é uma das mais procuradas no Banco Cetelem, pois os juros são mais baixos do que o parcelamento do cartão e a contratação é facilitada”, finaliza.