Quando as startups começaram a surgir com força total, intimidando o mercado, até então, preso ao topo da experiência e às tradições, muitos pensaram que poderia ser mais uma onda, uma bolha fadada a arrebentar, como tantas outras. Ou não seria?
De fato, muitas não sobreviveram ao primeiro ano de vida, mas as que vingaram, mudaram e continuam mudando o curso da história no setor de tecnologia. Com uma ideia revolucionária na cabeça e uma estratégia na mão, muitas delas lideradas por jovens de pouco mais de 25 anos, derrubaram paradigmas. Como pode? Alguns se tornaram milionários e mudaram o comportamento da sociedade de maneira irreversível por meio da tecnologia.
Enfim, depois de sonos perturbados e indagações sobre os modelos de negócios praticados e como poderiam ser transformados (acredito que muitos CEOs passaram por isso), tive a certeza de que era preciso pensar como startup. Com uma especial vantagem: experiência na bagagem. Apesar de sempre procurar me reciclar, trocar ideias com meus sócios e em eventos-chave, que me faziam sentir seguro e confiante, fiz uma DR (Discutir Relação) comigo. Foi assim…
E, então, algumas questões me cutucaram a mente: O que tenho feito de realmente novo em minha trajetória de liderança para sair do lugar comum? Atingir metas de crescimento pode me acomodar a ponto de ser surpreendido com desafios de um futuro iminente para o qual preciso me preparar? Este futuro que se esgueira a todo instante pelas brechas do meu dia a dia e que não deve me preocupar e sim me impulsionar.
A cada inovação que surge no mercado, que transforma os hábitos das pessoas em todo o mundo, aprendo um pouco mais e leva a me reinventar constantemente, a ousar de forma mais destemida, como no início da minha carreira, munido da curiosidade adolescente. Assim, estabeleci um exercício diário: retomar buscas, compartilhar, mergulhar no conhecimento e ampliar o status da minha visão para além de 360°, observando com sensibilidade a óptica de profissionais de diferentes áreas, competências e habilidades, sem barreiras. Afinal, todos podem e devem somar algo ao ecossistema de negócios. Passei, portanto, a pensar startup…
Essa transformação foi mágica e vital para minha atuação no mercado e me manter mais perto de startups, contribuindo para conhecer melhor e acelerar essas jovens empresas – um universo altamente instigante.
O líder da era digital precisa ter: cabeça de startup e a determinação de quem conhece os meandros desse mercado em franca transformação. Com energia total! Pronto para a economia digital, a inovação aplicada, um agente da transformação em constante evolução, visando alavancar a eficácia de modelos de negócios.
Que tal pensar startup? Pense nisso…
Por Paulo Marcelo, CEO da Solutis