Representantes do SINTESP apoiam pesquisa dirigida aos Técnicos de Segurança do Trabalho
Os dirigentes do Sindicato dos Técnicos de Segurança do Trabalho no Estado de São Paulo (SINTESP), Sebastião Ferreira da Silva e Adonai Ribeiro estiveram na Fundacentro na manhã de quinta, 13, para formalizarem o apoio à pesquisa conduzida pela instituição para o aprimoramento de políticas públicas em SST.
Recebidos pelo Presidente em Exercício, Robson Spinelli Gomes, Rogério Galvão da Silva (coordenador da pesquisa e pesquisador da Coordenação de Segurança no Processo de Trabalho-CPT) e José Damásio de Aquino, chefe da CPT, o principal objetivo da reunião foi o de revisar as etapas da pesquisa e ratificar o comunicado conjunto a ser enviado aos Técnicos de Segurança do Estado de São Paulo convidando-os a responderem um questionário em plataforma eletrônica (Google Formulários).
O questionário contém perguntas sobre os fatores que influenciam a tomada de decisão das empresas para a melhoria da segurança e saúde no trabalho.
Durante a reunião, Spinelli pontuou as pautas diversificadas no mundo do trabalho, a capilaridade das instituições e a concepção da pesquisa enquanto estratégia para aumentar essa capilaridade. “Precisamos aliar as necessidades do sindicato com o desenvolvimento de ações conjuntas aproveitando a expertise da Fundacentro”, reforçou o Presidente.
Fases da pesquisa
A pesquisa teve início no começo de 2018 com a intenção de atingir diferentes públicos como forma de levantar a percepção de vários atores sociais e aprofundar as discussões no segmento da SST.
Nos meses de março a maio, foram convidados por mala direta mais de 12 mil dirigentes sindicais, tanto trabalhadores como patronais, para responderem o questionário.
Na fase atual, a pesquisa está sendo dirigida aos Técnicos de Segurança do Trabalho do estado de São Paulo, podendo ser ampliada para outros estados da Federação. A coleta dos dados será realizada durante o mês de outubro de 2018, e os dados serão analisados e publicados de forma agregada preservando o anonimato.
Por que falar da tomada de decisão para a melhoria da SST
Para Galvão, a discussão sobre os instrumentos governamentais e fatores determinantes para a melhoria dos ambientes de trabalho é uma pauta sempre presente na agenda das partes interessadas frente aos crescentes desafios da globalização, do desenvolvimento tecnológico, do desemprego e da precarização das relações e condições de trabalho.
“É importante conhecer a percepção de vários atores sobre os fatores que influenciam a tomada de decisão para a melhoria da segurança e saúde do trabalhador. Embora diversos estudos nacionais e internacionais tenham oferecido contribuições valiosas, ainda há um campo amplo a ser explorado no contexto nacional, cujos resultados podem agregar elementos para o alcance de políticas públicas mais eficientes, eficazes e efetivas”, ressalta.
No questionário referido, as perguntas foram elaboradas com base em 10 fatores-chaves, selecionados a partir de revisão bibliográfica, sendo eles: Dever de cumprimento das leis e regulamentos pertinentes; Risco do empreendimento ser fiscalizado, multado ou interditado; Risco de ação civil ou criminal em caso de acidente do trabalho, incluindo ação regressiva acidentária para ressarcimento do INSS; Flexibilização da alíquota de contribuição obrigatória referente ao Seguro Acidente do Trabalho; Existência de políticas ou diretrizes corporativas em SST; Evitar prejuízos com acidentes (afastamentos, despesas médicas, paralisação da produção, avaria em equipamentos etc.); Possibilidade de ocorrer publicidade negativa da empresa em caso de acidente do trabalho; Pressão ou recomendação dos trabalhadores e suas representações para a melhoria da SST; Recomendação ou expectativa dos acionistas, clientes ou fornecedores para a melhoria da SST; Iniciativas governamentais de sensibilização ou difusão de informações em SST.