A Russell Reynolds Associates, global em consultoria e busca de executivos, divulga os resultados do estudo Lideranças Disruptivas apontando desafios para o setor financeiro na formação da nova geração de líderes. A pesquisa identificou que as novas lideranças, que estão sendo definidas pela capacidade de responder rapidamente a múltiplas tarefas, são inclusivas e inovadoras.
O mesmo diagnóstico no Brasil apresentou outras características complementares como agilidade, pragmatismo e estímulo para um diálogo aberto. Segundo o levantamento, 85% dos líderes inovadores demonstram uma grande capacidade para também se tornarem líderes inclusivos e os executivos com essas características são de setores que apresentaram maior resultado financeiro. Os profissionais do setor financeiro, contudo, apresentaram-se menos disruptivos.
“As lideranças do setor financeiro são menos disruptivas que os líderes de indústrias de Tecnologia, de Saúde ou Serviços Profissionais, por exemplo, mas os indicadores mostram que bancos e organizações financeiras estão se destacando entre os mercados que começaram a acelerar a busca por profissionais com essas competências, comparado a esses outros setores”, analisa Fernando Machado, consultor da Russell Reynolds Associates. “Podemos dizer que os bancos começaram a identificar que existe um gargalo de inovação, então já vemos que as lideranças estão começando a buscar executivos que estejam alinhados com essas capacidades para trazer melhores resultados”, diz Machado.
O estudo da Russell Reynolds aponta que o caminho para o setor vencer esse desafio é atrair, desenvolver e promover profissionais que possuem competências de inovação e de inclusão de novas ideias e pontos de vistas. Esses profissionais devem estar dispostos a inovar, correndo riscos e quebrando paradigmas.
Entre as soluções destacadas pelo levantamento que avaliou as competências técnicas de mais de 6 mil executivos C-level, incluindo profissionais do Brasil, estão a mudança na forma de analisar e desenvolver talentos, explorando comportamentos e competências que impactam resultados, adoção de métodos mais criativos para identificar pessoas que já estão dentro da organização e podem tornar-se lideranças inovadoras e inclusivas, além de ampliar o olhar para outras indústrias, buscando profissionais que podem ser uma fonte fértil de inovação e de liderança inclusiva no setor financeiro.