48% dos brasileiros prefere trabalho híbrido, aponta estudo sobre empregabilidade.
Um levantamento realizado pela Sólides, empresa de tecnologia especializada em gestão de pessoas para pequenas e médias empresas (PMEs), em parceria com a Offerwise, revelou que 55% dos profissionais atuam no regime presencial, enquanto 29% trabalham no modelo híbrido e 16% exercem suas funções de forma totalmente remota. Quando questionados sobre a modalidade ideal de trabalho, 48% dos entrevistados demonstraram preferência pelo formato híbrido, seguido pelo remoto (29%) e pelo presencial (23%).
Dentre os profissionais que preferem o trabalho híbrido, 34% indicaram a preferência por quatro dias presenciais, 33% optariam por três dias no escritório, 20% por dois dias presenciais e 13% por apenas um dia no local de trabalho.
A pesquisa também destacou diferenças geracionais nas preferências sobre os modelos de trabalho. Entre os profissionais que optam pelo regime remoto, 36% pertencem à Geração Z (18 a 27 anos), enquanto 34% dos que preferem o modelo presencial são da Geração Boomer (mais de 60 anos).
Remuneração influencia escolha do regime de trabalho
O levantamento apontou que 67% dos profissionais que trabalham remotamente estariam dispostos a migrar para o regime híbrido ou presencial caso recebessem um salário mais alto. Entre esses entrevistados, 39% afirmaram que aceitariam a mudança sem hesitar devido à valorização da remuneração, enquanto 28% considerariam essa transição apenas diante de um aumento significativo. Outros 22% analisariam a possibilidade dependendo de benefícios adicionais e flexibilidade de horários.
De acordo com Távira Magalhães, diretora de RH (CHRO) da Sólides, os resultados indicam que a remuneração ainda é um fator decisivo para a escolha do modelo de trabalho. “A pesquisa reforça a necessidade de estratégias de gestão que conciliem bem-estar e benefícios financeiros, garantindo a atração e retenção de talentos. Além disso, as diferenças geracionais nas preferências por formatos de trabalho evidenciam a importância de políticas flexíveis que atendam às expectativas dos profissionais”, afirma.
Qualificação profissional é prioridade para trabalhadores brasileiros
O estudo também revelou que 81% dos entrevistados consideram necessário obter capacitação técnica ou treinamento para aprimorar suas habilidades e melhorar sua empregabilidade. Entre esse grupo, 85% são mulheres, demonstrando uma preocupação maior com qualificação profissional.
Outro dado relevante aponta que, apesar de 86% dos profissionais manifestarem interesse em participar de redes voltadas à empregabilidade, apenas 52% efetivamente fazem parte desses grupos. Além disso, um terço dos entrevistados indicou a necessidade de melhorias na qualidade dos conteúdos oferecidos por plataformas de recolocação profissional.
“Os dados reforçam a importância de iniciativas voltadas ao desenvolvimento contínuo dos profissionais e à conexão entre talentos e oportunidades. Investir em capacitação e networking estratégico não apenas amplia as possibilidades de empregabilidade, mas também fortalece a competitividade das empresas”, destaca Magalhães.