85% dos brasileiros ouvidos procuram por trabalhos que ofereçam flexibilidade e 95% deles querem mais equilíbrio entre vida profissional e pessoal
Oportunidade de capacitação e desenvolvimento é um critério importante para 92% dos trabalhadores brasileiros na hora de escolher, permanecer ou mudar de emprego. É o que afirma o mais recente estudo Randstad Workmonitor, que ouviu mais de 30 mil pessoas ao redor do mundo para captar seus anseios e apontar as tendências do universo do trabalho. De acordo com o levantamento, os talentos do Brasil se destacam dos outros países na preferência por empregos que lhes dão a chance de adquirir novas competências e se desenvolver – o índice global foi de 76% -.
“Em tempos em que a indústria sofre com escassez de profissionais qualificados e com uma competição global por talentos, a solução está justamente em ouvir os anseios das pessoas”, afirma Fabio Battaglia, CEO da Randstad no Brasil. O executivo ainda lembra que a pandemia acelerou o processo de transformação digital no mundo inteiro aumentando a lacuna entre as novas competências exigidas pelas corporações e as pessoas disponíveis para exercê-las. “Enquanto os brasileiros buscam por trabalhos que proporcionem chances de capacitação para continuar progredindo em suas carreiras, empresas estão sofrendo para preencher suas vagas pela falta de mão de obra qualificada. A solução está em investir em programas de qualificação para formar, reter e atrair talentos e, com isso, também resolver parte dos problemas ocasionados pelas deficiências estruturais do mercado de trabalho brasileiro”, exalta Battaglia.
Outro ponto importante para os profissionais brasileiros ouvidos pelo estudo – e reforçado por outras pesquisas da Randstad no último ano – é a flexibilidade. Enquanto trabalhar com mais liberdade em termos de localização é importante para 71% dos trabalhadores a nível global, no Brasil o índice é de 85%. Diferente dos anos anteriores, o estudo mostrou que o horário do expediente também vem sendo questionado: 90% dos trabalhadores brasileiros consideram importante ter horas de trabalho mais flexíveis, ficando acima da média global, que foi de 83%. “Uma lição importante que as empresas devem aprender é que a busca por trabalhos mais flexíveis veio para ficar. As expectativas da força de trabalho foram redefinidas nos últimos anos fazendo com que não só o formato, mas todos os pilares começassem a ser revistos. Para a Randstad ficou evidente que o tradicional expediente das 9 às 18 horas pode ser transformado em breve”, afirma o CEO da Randstad no Brasil.
Ainda em linha com a flexibilidade e com mudanças de perspectivas, os profissionais brasileiros buscam, quase de forma unânime, por equilíbrio entre vida pessoal e profissional. 95% das pessoas ouvidas no país encaram esse aspecto como fundamental ao escolher, permanecer ou mudar de trabalho – o índice global, ficou em 72% – e 41% dos profissionais no Brasil (versus 34% global) afirmaram que sairiam de um emprego que impactasse sua vida pessoal.
“Está evidente que as perspectivas mudaram e com elas os valores também foram revistos. Depois de mudanças drásticas na pandemia, os trabalhadores estão mais esclarecidos e procuram empregos que permitam equilíbrio com sua dinâmica de vida pessoal. Na configuração dos últimos dois anos, percebemos que é possível transformar a forma de trabalhar sem perder produtividade. As corporações que não repensarem seus processos e não proporcionarem flexibilidade para viabilizar o equilíbrio desejado pelas pessoas, poderão perder talentos por não acompanhar o ritmo das mudanças e dessas novas demandas”, finaliza Battaglia.