O benefício é percebido como estratégico no bottom line da saúde
A cultura de atendimento médico no Brasil faz com que os usuários do sistema esperem por uma prescrição no fim da consulta. O profissional que não entrega uma receita nesse momento fica devendo algo ao seu paciente.
Essa realidade existe e, usada de forma inteligente, contribui para ganhos do paciente, do médico e do setor. Educar o paciente na gestão pessoal da saúde, mostrar que a responsabilidade é dele, deve fazer parte da consulta médica. Com isso, o ato de prescrever ou não fica mais transparente e, se acompanhado de empatia mutua, credibilidade, conhecimento das facilidades e/ou dificuldades do paciente no acesso ao medicamento, aumenta a chance de um resultado significativo. Uma consulta é isso: abordagem técnica e educativa atuando na mesma direção.
Por outro lado, o estilo de vida das grandes cidades, na busca por desempenho, favorece maiores desgastes, e com isso problemas médicos aumentam em frequência. Dor de cabeça, rinite, ansiedade, depressão, insônia, colesterol elevado, arritmias, dores musculares, ósseas, problemas respiratórios e vasculares, diabetes, pressão arterial elevada, são doenças fáceis de encontrar. Basta perguntar e encontraremos quem tem ou já sofreu com algum destes problemas e ficou sem energia, faltando a compromissos e com baixo desempenho no trabalho e na vida pessoal.
Isso faz com que a gestão da própria saúde signifique importante processo a ser incorporado no dia a dia de qualquer ser humano. Incorporar hábitos saudáveis, conhecer os limites da prevenção, ser capaz de procurar o médico na hora certa, seguir corretamente as prescrições médicas, e estar consciente de que saúde envolve responsabilidade pessoal.
No campo dos medicamentos, o que deve ser incentivado não é a ingestão frequente, na maioria das vezes sem receita, mas sim seguir corretamente a prescrição, que só é possível para aqueles que têm acesso aos medicamentos.
Ricardo De Marchi, médico educador na gestão pessoal de saúde, enxerga saúde como um conjunto de variáveis, onde o papel mais importante está na variável do estilo de vida. Outras variáveis participam desse processo como a hereditariedade, o meio ambiente, a educação e a assistência médica. Portanto, gestão pessoal de saúde é um valor a ser incorporado a todos nós.
As empresas por sua vez percebem que não cabe somente ao plano de saúde atender à complexidade das necessidades dos seus colaboradores. É uma realidade os indivíduos que, a partir da prescrição médica, não conseguem continuar o tratamento por falta de recursos financeiros para comprar remédios. A interrupção das orientações médicas aumenta a taxa de retorno a consultas, gerando despesas adicionais, com repercussões na qualidade da saúde, no desempenho e na produtividade, por meio do aumento da taxa de absenteísmo e presenteísmo, esse de certa forma, ainda mais prejudicial.
Diante desse cenário e por acreditar na importância da gestão pessoal da saúde, as empresas começa a usar um plano de medicamentos pré-pago que atende a um dos quesitos da boa atenção à saúde.
No Brasil, o conceito vem sendo adotado cada vez mais pelas corporações. “Nossa experiência mostra que as empresas têm acreditado na capacidade desse benefício em reduzir gastos com saúde, além de atrair e reter bons empregados. O benefício é percebido como estratégico no bottom line da saúde”, afirma Marcos Brêda, diretor da ePharma, empresa líder no mercado de planos de benefícios em medicamentos. Brêda esclarece que o ePharma Plenus, um produto de acesso a medicamentos na modalidade pré-pago, tem flexibilidade para formatar a necessidade especifica de cada cliente. Segundo ele, a própria empresa determina o percentual de cobertura do Plenus, pagando valores fixos mensais por este subsídio, possibilitando a previsibilidade orçamentária para a saúde.