Por Carolina Martins – Especialista em Recursos Humanos e Top Voice & Creator do LinkedIn
Sabemos que o número de pessoas desempregadas no Brasil, infelizmente, não para de aumentar. Ainda assim, em paralelo também é perceptível o crescimento da quantidade de profissionais que estão pedindo demissão de seus empregos. Mas por quê?
É nítido que a conta em si não faz sentido. Afinal, se o número de desempregados é grande, garantir uma vaga é algo importantíssimo para o momento que se vive. Contudo, o mercado de trabalho vem passando por mudanças desde o início da pandemia e, por conta disso, o bem-estar tornou-se prioridade na hora de buscar uma oportunidade para aqueles que têm o privilégio de serem mais seletivos na escolha.
Hoje, por exemplo, é notável que muitos profissionais já não buscam vagas presenciais (e alguns já nem consideram o modelo híbrido). Isto porque, observando-se que há funções que podem ser exercidas de casa, tornar o tempo do próprio colaborador mais bem aproveitado por ele, além do conforto, é prioridade.
Por outro lado, há também o grupo de pessoas que optaram por abrir mão do emprego para realizar o sonho do negócio próprio. De acordo com dados do Sebrae, apontados no relatório Global Entrepreneurship Monitor (GEM), a taxa de empreendedorismo no Brasil cresceu de 8,7% em 2020 para 9,9% em 2021. Medidas de apoio financeiro, como ofertas de créditos para micro e pequenos empresários, tiveram um papel importante nesses dados e, atualmente, o país totaliza 43 milhões de empreendedores.
Portanto, podemos concluir que, aqueles que têm a oportunidade de decidir onde trabalhar (é preciso reconhecer que nem todas as pessoas têm esse poder de escolha, visto que a necessidade de conseguir dinheiro para pagar as contas fala mais alto), optam pelo que faz mais sentido no âmbito de sonho e carreira e, claro, para o lado pessoal.
