Não importa mais em qual modelo de trabalho os profissionais atuam e sim o mindset que usam para se relacionar com o mercado. Há opções para todos os gostos, desde o convencional emprego CLT até trabalhar por projetos ou mesmo ser prestador de serviço como fazem milhares de microempreendedores e empresários. O relevante mesmo é saber valorizar a trajetória percorrida, o quanto se acumula realmente como repertório de experiências e como de fato se aplica todo esse conhecimento a favor de um empreendimento, de uma empresa ou de um cliente.
Só assim para brasileiros se esquivarem de fazer parte da cota de 13 milhões de desempregados no país (IBGE). Estamos na era do protagonismo e a responsabilidade de cada um se manter relevante no mercado de trabalho.
Porém, ainda é muito comum vermos pessoas que olham para o seu emprego como algo que a organização lhes oferece, quando, na verdade, a empresa é que exerce o papel de cliente nessa relação. Por isso, torna-se fundamental direcionar esforços de forma diferente e ir além: deixar de pensar “o que vou receber no final do mês” e aderir ao “onde eu quero chegar com o meu negócio?”.
Na realidade, todo mundo é um empreendedor individual e deve encarar suas entregas, resultados e até mesmo o seu emprego como um negócio. Mas como manter o seu produto, ou seja, você, relevante? Não vejo outra forma que não através do lifelong learning. Ou seja, manter o aprendizado ao longo da vida, buscar conhecimento a todo momento, ser curioso e aproveitar todo o tempo livre para poder aprender mais sobre as coisas que te interessam. Conhecimentos específicos sobre a área em que atua ou sobre outras áreas, pois tudo se conecta e faz com que se tenha um valor diferenciado para oferecer ao mercado. Nada substitui o estudo e a curiosidade.
Hoje, só não aprende, quem não quer. Com tantas ferramentas gratuitas disponíveis, não há argumentos válidos. Qualquer um pode assistir às mesmas aulas que um aluno em Oxford ou Stanford assiste, através de vídeos online, por exemplo. Basta ter disciplina e determinação para usar o que aprende a favor. O mundo já é digital.
Uma dica valiosa é fazer uma curadoria consciente de quais fontes utilizar para buscar novos conhecimentos. Tem muita informação por aí que não agrega valor e até pode impactar negativamente. Para fazer essa curadoria, uma dica é consultar pessoas que são referências em suas áreas de atuação. Que podcast está ouvindo? Que livro está lendo? Perguntar isso para quem é fera é importante para ter as fontes certas. Isso ajuda a não perder tempo buscando informações em locais que podem te complicar ou ser irrelevante.
Ah, é vital também criar uma rede de networking de busca de novos conhecimentos! E levar isso para a sua empresa será muito importante na criação de novos produtos e serviços, além de agregar valor para os seus clientes. Na velocidade em que as coisas estão evoluindo, manter-se atualizado e buscar alternativas, visões e perspectivas vai te manter no topo. E se você está no topo e tem conhecimento relevante, trabalho não vai faltar.
Por Cesar Rossi, CEO do Grupo BWG