A previdência privada já é o segundo benefício que mais impacta as finanças das empresas brasileiras. Com 22% de representatividade, o item só perde para os planos de saúde, responsável por 59,4% dos gastos. Os dados são de uma pesquisa realizada em junho deste ano pelo HR First Class e a Safe Care, empresa especializada em gestão integrada e auditoria do benefício saúde, que contou com a participação de 250 instituições dos mais variados setores.
Segundo Kátia de Boer, sócia diretora da Safe Care, a tendência é que com a aprovação da reforma, mais funcionários optem por planos de previdência privada e, com isso, os custos para as empresas se elevem. Para a empresária, as companhias precisarão gerir ainda mais minuciosamente os benefícios. “É preciso analisar cuidadosamente a questão da reforma e ponderar os possíveis impactos que ela trará para as empresas e, principalmente, para o mercado de benefícios”, afirma.
Enquanto os custos dos pacotes de benefícios tomam conta das pautas empresariais, na opinião dos participantes da pesquisa há um equilíbrio sobre os fatores que fazem os funcionários permanecerem nas empresas. As políticas de remuneração também se revelam essenciais para reter e atrair talentos. Cerca de 34,3% consideram que o salário é o principal item para os colaboradores continuarem na companhia, 33,3% afirmam ser os benefícios e 32,4% ascensão de cargo.
Mesmo assim, as empresas seguem se esforçando para reter seus talentos. Segundo o levantamento, as principais medidas adotadas são o oferecimento de mais benefícios e a disponibilidade de cursos de capacitação e atualização constantes, ambos com 29,4%. A gratificação por desempenho, com 22,5%, e a campanha salarial, com 18,6%, vêm na sequência como fatores de retenção. “Atrair e reter talentos é o permanente desafio das empresas. Seja por meio de planos de remuneração mais justos ou igualitários, ou por meio de pacotes de benefícios mais atraentes, o fundamental para as companhias é desenvolver iniciativas que atendam tanto às necessidades dos colaborares quanto ao seu próprio equilibro financeiro”, finaliza Kátia de Boer.