Você sabia que o Google tem informações bem limitadas sobre os consumidores?
Segundo a Science Daily, mesmo com tantos dados, o Google percebeu que não sabe quase nada sobre os humanos. “Considerando que os gerentes não sabem o que fazer com os grandes dados, todos estão atrás do que surge logo após – os Small Data.”
Small Data são dados que são “pequenos” o suficiente para a compreensão humana. São dados em um volume e formato que os tornam acessíveis, informativos e acionáveis. O termo “big data” é sobre máquinas e “small data” é sobre pessoas.
Em comparação com o Big Data, o Small Data tem o poder de desencadear emoções e fornecer insights sobre as razões por trás dos comportamentos dos clientes. “Não podemos acreditar que a cultura e o mercado se traduzam apenas por cruzamentos de interpretações de dados estatísticos e dashboards” Clive Thompson
Quais são as reais motivações e interesses que se escondem por detrás de escolhas e ações humanas? O consumidor ainda é o mesmo de carne e osso e o computador é apenas uma plataforma, sendo assim, primeiramente antes de se fazer marketing, tem que se fazer sentido. Precisamos entender em profundidade, os sentimentos e as experiências, planos e projetos, pautas e mudanças que afetam a sociedade, e que motivam e animam os indivíduos.
As empresas estão investindo maciçamente em ferramentas e em tecnologias de web analytics e behavioral targeting, e cada vez mais se interessando por tecnologias de inteligência cognitiva e inteligência artificial. Porém, apenas tecnologias e dados quantitativos não nos garantem a entrada no paraíso.
“O risco em um mundo de Big Data é que as organizações e os indivíduos comecem a tomar decisões e otimizar o desempenho de métricas, métricas derivadas de algoritmos”. Tricia Wang
Temos de estar conectados com a dinâmica com que as coisas acontecem no mundo humano: um mundo cada vez mais complexo, global e multifacetado. Temos de desenvolver e usar, 24/7, lentes mais sensíveis e praticar a empatia para que possamos identificar e interpretar os outsights. Precisamos ser ágeis e rápidos na leitura dos interesses e motivações, das mudanças recentes na experiência de nossos consumidores.
“Se quisermos entender como os animais vivem, não vamos ao zoológico, mas à selva.” Martin Lindstrom
Como já dizia o mestre Washington Olivetto: “Vejo muita gente arvorando inteligência, quando na verdade, tem apenas competência técnica.” Ou seja, preocupa-se muito com algoritmos, robôs, inteligência artificial e esquece-se do humano.
Ao ler este livro, lembre-se que o verdadeiro significado do marketing é maximizar os relacionamentos. Ferramentas como sites, e-mail, mídias sociais, web analítica, motores de busca e publicidade on-line são meramente suporte de marketing, sistemas que ajudam a construir e manter relacionamentos e posteriormente vendas.
A maneira de fazer trocas significativas que criam, mantêm e cultivam relacionamentos são a maior preciosidade que as pessoas possuem, temos que entender que não são computadores que se comunicam entre si, são pessoas. Computadores são um meio e não um fim.
Como essas ferramentas são usadas para fazer relacionamentos significativos de modo exponencial, é onde também mora a chave para mentiras de sucesso, como gostam de iludir muitos “gurus” desta área.
Sobre o Autor: Norberto Almeida de Andrade
CEO e Fundador da Qranio Digital Consultoria de Marketing desde 2014. Professor, Palestrante, Escritor com diversos artigos científicos publicados.
Atua desde o ano 2000 como Gerente de Negócios e Marketing (B2B) e Varejo (B2C).
- Mestrado em Administração com Área de Concentração em Organizações Inovadoras. Linha de pesquisa: Marketing e Comportamento de Consumo pela Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU).
- MBA em Marketing Digital pela Faculdade (Impacta Tecnologia).
- Graduado em Gestão Empresarial pela FATEC (Centro Paula Souza).
- Graduado em Gestão Comercial pela FATEC (Centro Paula Souza).
- Licenciatura em Letras pelas Faculdades Oswaldo Cruz (FOC).
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