Com o número de candidatas cada vez menor, as portas se abrem para as interessadas em fazer um curso fora do país
O número de mulheres na América Latina que buscam cursos MBA fora do país caiu nos últimos anos, segundo dados da The MBA Tour, uma das maiores feiras deste segmento no mundo. Segundo a pesquisa, 43,3% que prestaram o exame GMAT (Graduate Management Admission Test) em 2015, em todo o mundo, eram mulheres. Na América Latina, 34% que prestaram o exame GMAT eram mulheres. Em 2013 elas representavam 39%, em 2014 e 37% em 2014.
Para Peter Von Loesecke, coordenador-geral da The MBA Tour, embora o número de mulheres seja menor na América Latina, esse dado representa uma boa notícia às interessadas em cursar o MBA fora do país. “O que poderia ser um número negativo, na realidade é uma boa notícia para as mulheres que vão se candidatar para os próximos processos, porque significa que as escolas de negócios estão competindo por candidatas latino-americanas. Isso dá às brasileiras uma vantagem na hora da admissão, porque o pool de candidatos é menor”, explica.
Na Europa, por exemplo, mulheres representam 50% cada enquanto no Leste e Sudeste da Ásia, elas são a maioria, 60%.
Dados Brasil
Durante a edição da The MBA Tour em 2015, o Rio de Janeiro registrou o terceiro maior número de mulheres registradas (44%) atrás da Costa Rica (47%) e Peru (46%). São Paulo teve 32% de público feminino segundo os dados.
A The MBA Tour também joga luz sobre outro dato interessante: 66% dos empregados com MBA estão em cargos sênior e 28% em nível alto executivo. O estudo também identificou que 80% das mulheres foram promovidas para nível sênior após o MBA.
Dados América Latina
Dados demonstram que 75% das empresas na América Latina pretendiam contratar funcionários com MBA em 2015 – um número quase 20% maior que empregadores europeus e que a intenção de 2014 (69%). Os aumentos salariais significativos, incluindo bônus, 80% das mulheres foram promovidas pós MBA e a maioria das escolas indica que 85 a 90% de seus alunos foram promovidos em até 3 meses após o MBA. Os dados da America Latina também demonstram um aumento geral de 113% no salários após o MBA. O dado de aumento salarial depende da idade e salário pré-MBA. Entre as idade 25 e 26 anos, o aumento foi de 130%; entre 27 e 28 anos, 131% e entre 29 e 30 anos de 113%, acima de 31 anos o aumento foi de 88%. É possível demonstrar números comparativos com outras regiões. Exemplo: no panorama geral, comparado aos salários pré-MBA, os sul-americanos tiveram um aumento de $90,000 em seu salário anual versus $57,000 do aumento de salário dos europeus.