Será preciso ser produtivo para gerar maior investimento e as soft skills – habilidades comportamentais e competências subjetivas – serão pré-requisitos para a composição e manutenção dos times
O ano de 2020 mostrou-se difícil, especialmente para empresas e para empresários que, por vezes, engatinhavam em questões como a “Internet das Coisas” (IOT) e o e-commerce, por exemplo. Muitos empresários perderam seus negócios. Assim como em crises anteriores, ambientes corporativos conservadores tendem a perder grandes talentos para o mercado, inclusive para a concorrência, quando ela não apenas se adaptou, mas se reorganizou para a realidade atual.
Por isso, empresários e gestores devem estar atentos à grande lição de 2020, considerando aspectos internos e externos. Gustavo Luis Marcolino, coordenador de vendas do atendimento corporativo do Senac São Paulo, explica que, do ponto de vista de aprendizados internos, é preciso fomentar nos funcionários habilidades que vão além das capacidades técnicas. São as conhecidas soft skills (habilidades comportamentais, competências subjetivas) que podem e devem ser desenvolvidas por meio de técnicas, fazendo toda a diferença em situações de crise para líderes e liderados.
Considerando os aspectos externos, a utilização de freelancers ou temporários pode ser benéfica para o momento, pois ajuda a combater o desemprego, fomenta o empreendedorismo. Para tal, é preciso, no entanto, investir em treinamento e desenvolvimento, bem como em infraestrutura.
Produtividade no horizonte
Para 2021, a expectativa é de um ano “desafiador”, dentro do contexto da produtividade e de recursos. “Se até o início de 2020, alguns mercados mantinham a prerrogativa de que era preciso investimento para produzir, 2021 chegou para inverter essa lógica, deixando claro que para obter êxito, será preciso ser produtivo para gerar maior investimento”, acrescenta Marcolino.
Para o especialista do atendimento corporativo do Senac São Paulo, nunca foi tão importante o olhar para a produtividade, focando agora no desenvolvimento de pessoas. Uma ressalva se faz importante: não se trata de ‘mais entrega com menos recursos’, mas sim desenvolver os recursos existentes para o alcance de maior produtividade. Em termos práticos, significa trabalhar no tempo regular com mão de obra desenvolvida continuamente, visando ao alcance de objetivos reais com indicadores e avaliação precisa do trabalho.
“A positividade da liderança deve ser calçada de sapatos amarrados ao chão do momento que vivemos. Por isto, é tão importante treinar e melhorar o desempenho dos líderes. É preciso desmistificar a fala de que liderança é um dom, para: ‘liderança precisa ser desenvolvida’”, esclarece Gustavo Marcolino.