A sociedade é plural, diferente. Associado a esse fato, a era da informação permite que qualquer pessoa expresse opiniões pessoais sobre os mais diversos assuntos e seja produtora de conteúdo, por isso é fundamental falar sobre tolerância e aceitação. Nesse contexto, programas de apoio à diversidade são ferramentas que auxiliam o estabelecimento de um bom clima organizacional e funcionam como agentes de transformação nas corporações.
Para inibir condutas discriminatórias e, por outro lado, valorizar a individualidade dos colaboradores, a indústria de alimentos Santa Helena, uma das maiores da América Latina, mantém o programa Diversidade desde 2017. A ação atende aos pilares de inclusão de mulheres, LGBTs e pessoas com deficiência. Desde quando começou, já foram aplicadas palestras sobre empoderamento feminino e viés inconsciente e realizados atendimentos individuais para atender às necessidades dos profissionais com deficiência.
De acordo com Ana Carolina Ferreira, analista de responsabilidade social da companhia, com o projeto “percebemos que os temas envolvendo inclusão, aceitação e respeito com o próximo despertam uma atenção crescente entre os membros do time Santa Helena, independentemente de eles integrarem ou não o público-alvo do programa Diversidade. Isso é muito positivo”, destaca.
Entre as ações promovidas, o curso de Libras, que é aberto aos colaboradores que queiram impulsionar sua carreira, faz tamanho sucesso que transcende a estrutura física da empresa. Ana Carolina conta que “com frequência, chegam currículos de pessoas com deficiência auditiva porque sabem que ensinamos a língua oficial dos surdos no País”.
Eliane Vieiras de Souza Mariano, colaboradora da Santa Helena há 12 anos, está entre os alunos que participaram da capacitação em 2017. Ela conta que sempre se interessou em aprender a usar a Libras, apesar de não ter a deficiência auditiva, e que a oportunidade vivenciada na empresa abriu novos horizontes na carreira profissional. “Fiz o curso com o intuito de me comunicar com os meus colegas e, hoje, consigo conversar com todos. Além disso, foi importante para os meus planos de carreira. Continuo estudando Libras e, agora, quero fazer uma faculdade, para então cursar a pós-graduação específica para a língua de sinais”, comenta.
Outra vertente do programa desenvolvido na companhia é sobre a educação de gênero. Segundo o grupo Grupo Gay da Bahia (GGB), que há mais de 38 anos monitora a violência contra os LGBTs no Brasil, um dos princípios para combater a violência contra esse grupo é justamente educar sobre gênero e sexualidade, para alertar quanto aos direitos humanos e de cidadania. “É com a intenção de promover mais tolerância e tornar o clima organizacional cada vez mais positivo que mantemos as ações do programa, que começam no processo seletivo, e os resultados são satisfatórios”, afirma a analista de responsabilidade social da empresa.
Para mensurar a aprovação do programa entre os participantes, a Santa Helena aplica rotineiramente pesquisas internas, como o Censo feito com as mulheres, onde foi possível identificar que a Diversidade ajuda a aumentar o empoderamento feminino, além de outros aspectos abordados no questionário.
Neste ano, o Programa Diversidade ainda terá um incremento. “Estamos compondo um comitê com representantes dos públicos atendidos para que possamos acolher suas reivindicações e, assim, compreendermos de que maneira podemos contribuir para torná-los mais felizes no ambiente corporativo”, pontua Ana Carolina. Envolver e colaborar são princípios da empresa que ganham força ao longo da execução da iniciativa.