Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), a geração Z representará 32% da população mundial em 2019¹. A fim de buscar e reter talentos, a indústria precisa estar preparada e atualizada sobre as demandas da nova geração de funcionários que está se formando e as que vão se formar nos próximos anos.
Os jovens nascidos a partir de 1998 já estão buscando colocações no mercado de trabalho e trazem consigo a exigência de uma experiência contínua de conectividade e tecnologia, a que já nasceram acostumados.
Pensando nisso, listei as três prioridades desse público quando buscam o seu primeiro emprego:
Sustentabilidade
A geração Z preza por conceitos de sustentabilidade e proteção ao meio ambiente e devem buscar oportunidade de trabalho em que encontrem essas bandeiras, assim como devem consumir produtos que tenham preocupação ambiental.
É importante que as empresas levem a sério esses conceitos, pois adotar uma posição “de fachada” pode não só prejudicar o interesse do candidato, mas também prejudicar a reputação da companhia como um todo – especialmente em tempos de redes sociais.
Inclusão
Essa geração é o grupo mais diverso que se tem conhecimento e o que está mais preocupado com as minorias e com a igualdade para todos. Uma pesquisa do Instituto QualiBest, divulgada em dezembro de 2017, ouviu mulheres jovens, entre 11 e 19 anos, sobre seu comportamento, atitudes e valores e identificou que 49% dizem ter sofrido discriminação por ser mulher².
Trabalhar a inclusão dentro da companhia é um processo enriquecedor, não somente no momento da contratação, mas para a construção de um ambiente de trabalho saudável e bem gerenciado.
Ambiente de trabalho
O ambiente de trabalho para essas pessoas precisa ser inclusivo, criativo e com liberdade para falar de igual para igual, aliado a tecnologia e acesso a novidades e tendências. Esses serão os diferenciais para atrair e reter a nova força de trabalho que está em formação.
Os espaços e a forma de gerir os funcionários serão transformados, adaptados às expectativas dos novos profissionais, respeitando suas sensibilidades pessoais. Acompanhar a evolução da indústria de tecnologia e as transformações promovidas pelas necessidades do mercado, é fundamental para essa geração “pós-millenials”, que, por exemplo, utilizam o acesso móvel para pagar uma conta ou executar tarefas de sua rotina de trabalho.
Essa, definitivamente, é uma geração que preza pela conexão humana e que pode ser feita em espaços descolados e externos, seja em cafés, espaços de convivência ou nos corredores de seu local de trabalho. Em uma era de tecnologias e conexão constante, além de ferramentas que facilitem e integrem sua rotina, os “pós-millennials” também precisam se relacionar com pessoas ou grupos que tenham opiniões ou bandeiras parecidas. É essencial que as empresas ouçam esses funcionários e estejam atentas a questões importantes para essas pessoas.
Por Andrea Barral, diretora de Recursos Humanos da Lenovo Brasil