O câncer de pele é o tumor que atinge a pele, sendo um dos mais frequente no Brasil e no mundo. Ele ocorre quando as células da pele se multiplicam sem controle e pode ser classificado de duas formas: melanoma, que tem origem nas células produtoras de melanina que determina a cor da pele, e o não melanoma, que é o mais frequente no Brasil, responsável por 33% de todos os casos de tumores malignos. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), são registrados cerca de 180 mil novos casos de câncer de pele no país anualmente, sendo que a maioria deles ocorrem em homens.
O câncer de pele não melanoma por sua vez apresenta tumores de diferentes tipos. Sendo os mais frequentes: carcinomas basocelulares (CBC) e os carcinomas espinocelulares (CEC). Apesar de muito frequente, ambos têm baixa mortalidade. Já o melanoma é um dos mais agressivos, raros e fatais tipos de cânceres de pele.
A identificação de um câncer de pele só poderá ser realizada por um médico dermatologista por meio de exame clinico. Em determinadas situações é possível que o profissional de saúde utilize o exame conhecido como “Dermatoscopia”, que consiste em usar um aparelho que permite visualizar camadas da pele não vistas a olho nu. Em situações mais especificas ainda é necessário fazer a biopsia.
Entretanto é de extrema importância que o indivíduo conheça sua pele e as regiões onde possui pintas. Deve-se ficar atento aos seguintes sintomas: manchas pruriginosas (que coçam), descamativas ou que sangram; sinais ou pintas que mudam de tamanho, forma ou cor; e feridas que não cicatrizam em um período de quatro semanas.
Quase 100% dos cânceres de pele podem ser tratados e curados, desde que sejam identificados precocemente. A cirurgia oncológica é o tratamento mais indicado para tratar o câncer de pele. Em estágios iniciais, a retirada da lesão pode ser realizada em nível ambulatorial (sem internação). Já para casos mais avançados como o melanoma, o tratamento varia de acordo com o avanço do tumor, onde pode ser indicado, além da cirurgia, a radioterapia e a quimioterapia, conforme cada caso.
A melhor maneira de se proteger contra o câncer de pele é evitar a exposição excessiva ao sol, principalmente nos horários em que os raios solares são mais intensos (entre 10h e 16h). O principal grupo de risco são as pessoas com pele bem clara, com muitas sardas e pintas em excesso, além daqueles que contam com um histórico familiar da doença. Porém, algumas medidas de proteção devem sempre ser seguidas:
- Adquira o hábito de usar filtro solar todos os dias, mesmo com o tempo nublado. Independentemente da intensidade do sol, 60% da radiação emitida pelo astro atravessa as nuvens e deixa passar os raios ultravioletas A e B, que são nocivos à pele;
- Evite exposição solar prolongada. Caso não seja possível, use sempre óculos escuro, camiseta e chapéu;
- Nas atividades de lazer ao ar livre, é necessário reaplicar o protetor solar a cada duas horas. O fator de proteção deve ser no mínimo, 30.
O importante é que ao identificar o menor sinal de anormalidade na pele e em pintas, procure imediatamente um médico. Além disso, visite um dermatologista pelo menos uma vez ao ano. Afinal, o melhor remédio é a prevenção!
Fonte: Dra. Elisa Campos Adolfo Queiroz, é médica dermatologista que atende pelo Trasmontano Saúde