As organizações desempenham um papel crucial na saúde mental dos seus colaboradores, o que envolve muito mais do que apenas proporcionar as condições de trabalho básicas e essenciais.
Josiane Serrano, Gerente do Atendimento Corporativo do Senac São Paulo.
O Dia Mundial do Combate ao Estresse, celebrado em 23 de setembro, é uma excelente ocasião para que gestores e líderes de empresas pensem qual é o papel que eles e suas organizações podem – e devem – desempenhar no cuidado com o bem-estar de seus funcionários. Quais são suas principais responsabilidades? Por que as empresas devem se preocupar com isso e quais são as práticas mais modernas que têm sido adotadas nesse sentido?
Em suma, as organizações têm um papel fundamental na saúde mental de seus funcionários, algo que vai muito além de oferecer as condições básicas e mínimas de trabalho. Falamos aqui da implementação de programas de saúde e bem-estar, de oportunidades de desenvolvimento profissional e de um ambiente inclusivo que valorize a diversidade e a equidade. Somado a isso, é essencial oferecer apoio psicológico, promover uma cultura de feedback construtivo e reconhecer as conquistas individuais e coletivas.
Quando as empresas investem no bem-estar de seus funcionários, elas não apenas criam um local de trabalho mais harmonioso, mas também fortalecem sua reputação como empregadores, atraindo e mantendo talentos de alto nível. Em outras palavras, um ambiente de trabalho saudável e de apoio não só melhora a qualidade de vida dos colaboradores, mas também pode aumentar a produtividade, a satisfação geral e, por consequência, os níveis de retenção.
Sobre esse problema tão próprio do nosso tempo, o estresse, as empresas devem dedicar especial atenção a ele por várias razões, principalmente porque os impactos sobre a eficiência, a saúde e o ambiente de trabalho são diretos. Funcionários estressados tendem a ter menor motivação, criatividade e capacidade de tomada de decisão, o que pode comprometer a qualidade do trabalho e os resultados organizacionais como um todo. Note-se que os elevados níveis de estresse são uma questão que atinge tanto os colaboradores individualmente como todo o conjunto da organização, tornando indispensável a criação, implementação e manutenção de programas permanentes para lidar com isso.
Atualmente, há muitas práticas modernas e eficazes que podem ser adotadas pelas organizações que beneficiam o indivíduo e o coletivo. São, resumidamente, programas e treinamentos que ajudam a construir uma cultura organizacional que prioriza a saúde mental, promovendo o bem-estar integral dos colaboradores e um ambiente de trabalho mais produtivo e saudável.
Entre os principais exemplos, é possível citar:
– Programas de bem-estar mental que ofereçam suporte psicológico contínuo, como acesso a terapias on-line, workshops sobre saúde mental e gerenciamento do estresse, assim como palestras e rodas de conversa com especialistas;
– Treinamentos em inteligência emocional, com cursos e workshops que ajudem os funcionários a desenvolverem habilidades de autoconhecimento, empatia, comunicação e gestão de conflitos;
– Investimento em ambientes de trabalho saudáveis, sejam eles físicos ou virtuais; e a elaboração de campanhas de conscientização e sensibilização que visam educar os funcionários sobre saúde mental, reduzindo o estigma associado a problemas psicológicos e promovendo uma cultura de apoio e empatia.
Dessa forma, implementando ações como essas, as organizações e seus gestores demonstram, na prática, que o Dia de Combate ao Estresse não deve ficar restrito apenas a uma data. O combate ao estresse se dá todos os dias, de maneira incansável – e para o bem de todos.