Pesquisa global mostra o impacto da falta de inclusão e pertencimento.
O estresse no ambiente de trabalho atingiu níveis alarmantes. Segundo o Relatório Global de Bem-Estar no Trabalho de 2024, realizado pelo Indeed, quase 60% dos trabalhadores se sentem estressados na maior parte do tempo. Esse cenário é agravado pela falta de pertencimento, inclusão e energia no ambiente profissional, fatores que afetam diretamente a saúde mental e o desempenho das equipes.
A pesquisa revela que apenas 1 em cada 5 profissionais sente que está realmente prosperando no trabalho. Mesmo com a crescente conscientização sobre problemas como burnout, as empresas ainda falham em atender as necessidades essenciais dos colaboradores. Os níveis de estresse, que explodiram durante a pandemia, continuam altos e não retornaram ao patamar pré-pandêmico. Fica claro que as condições de trabalho precisam de uma reformulação urgente.
O sentimento de exclusão e a falta de propósito são alguns dos principais motivos para o aumento do estresse no trabalho. Fatores sociais como pertencimento, inclusão e energia foram apontados como fundamentais para o bem-estar no local de trabalho. No Brasil, o propósito no trabalho foi citado como o principal indicador de felicidade, seguido pela satisfação e ausência de estresse. Se o ambiente não promove esses valores, a saúde mental do trabalhador entra em colapso.
Não basta apenas discutir o problema, é preciso agir. A qualidade de vida no trabalho pode ser melhorada através de interações mais pessoais e verdadeiras, que ultrapassam a barreira do profissional. Criar amizades e compartilhar momentos fora do expediente são caminhos para construir um ambiente de trabalho mais acolhedor e colaborativo.
Uma das recomendações para aliviar o estresse é simples: tenha hobbies. Atividades como pintura, trilhas ou música ajudam a recarregar as energias e desenvolver novas habilidades. Além disso, esportes são ótimos para melhorar a colaboração e o espírito de equipe. Tudo isso contribui para a saúde mental e o bem-estar dos trabalhadores.
“Quando as pessoas estão inspiradas e motivadas, a produtividade dispara e a saúde mental melhora”, afirma Lucas Rizzardo, Diretor de Vendas do Indeed no Brasil. Ele destaca que o debate sobre bem-estar precisa sair do papel e ser traduzido em ações reais dentro das empresas. Criar ambientes onde os colaboradores se sintam acolhidos e valorizados é o primeiro passo para reduzir o estresse e promover uma cultura de segurança emocional.
O cenário está claro: para melhorar o bem-estar no trabalho, é preciso mais inclusão, energia e, acima de tudo, ações concretas. A saúde mental deve ser uma prioridade urgente nas estratégias empresariais, e os números de estresse revelados pela pesquisa mostram que o momento de mudança é agora.