Precisamos refletir todas nossas decisões constantemente, o mundo atual é muito dinâmico e tudo muda, por que nossas crenças não mudam também?
Acredito que, na verdade, lideranças como 2.0, 3.0, 4.0 e 5.1 turbo são só nomes diferentes para vender mais livros. Para falarmos em futuro da liderança, a primeira coisa que temos que fazer é analisar o passado. Começamos com a geração Baby Boomers, que nasceu entre os anos de 1946 e 1964, que inclui meus pais. Essa geração foi criada profissionalmente pelo que conhecemos por líder técnico, ou seja, aquele que alcançou a liderança exclusivamente por ser bom tecnicamente.
Com o tempo, percebemos que essa não era a melhor maneira, afinal, criamos líderes extremamente exigentes tecnicamente e com a mentalidade de que só o que eles faziam estava certo. Quem nunca chegou em casa e escutou os pais reclamando “que o chefe era cabeça dura?”. Além de todos os atritos da gestão, tínhamos também o bloqueio inconsciente da inovação, visto que esse diferencial vem da operação. Inovação é resolver um problema que ninguém resolveu, ou solucionar um problema de uma maneira diferente das existentes.
Quatro dicas essenciais para uma liderança positiva
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Passamos dessa fase e chegamos quando um bom líder é aquele que estudou liderança. Esse profissional entende de humanização de funcionários, prática estratégias como feedback e todas as inúmeras ferramentas de liderança como: onboarding – processo de integração de novos funcionários na empresa de maneira eficaz – e, a ferramenta team building, que tem como objetivo fortalecer as relações entre os colaboradores.
Este gerenciamento de qualidade contribui no desempenho de negócios como o e-commerce, tendo em vista que é preciso uma boa comunicação organizacional para acompanhar o dinamismo das vendas online e, com isso, atingir as metas relacionadas ao funcionamento virtual. Um bom líder de e-commerce, por exemplo, é capaz de gerir o bem-estar e a produtividade dos colaboradores, bem como, as entregas de resultado da empresa.
Essa é a fase que nos encontramos agora, e será que está bom?
Ouço e vejo as mesmas reclamações da época dos meus pais, mas agora entoando em outros pontos. Entre as várias reclamações diárias, estão algumas como: “Meu chefe me deu um prazo impossível” ou, “ele acha que é só fazer isso”. Inclusive, às vezes vem o questionamento de que o motivo das reclamações é de quem o funcionário nunca está satisfeito, “o funcionário nunca está contente, é por isso”.
Precisamos refletir todas nossas decisões constantemente, o mundo atual é muito dinâmico e tudo muda, por que nossas crenças não mudam também? Pensando nisso, enxergo um futuro diferente para gestão, no qual esse líder do futuro vai precisar ser uma mistura do líder técnico com o líder de pessoas. Por mais que você estude gestão, é preciso passar um tempo na operação, pois entender o dia a dia dos seus liderados e ser capaz de fazer o trabalho deles ou, pelo menos, entender as complexidades, vai ser imprescindível.
O que precisamos fazer é mudar a cultura de ser um ou outro. A carreira é a distância entre dois pontos e, os caminhos para esses pontos, são diferentes de pessoa para pessoa. Com isso, durante a sua jornada técnica, aproveite para absorver todo conhecimento operacional possível, ele vai te ajudar a ser um gestor melhor. E lembre-se, ninguém começa como líder sabendo liderar, se permita a aprender. Observe, teste, meça os resultados e replique se possível. A liderança é uma eterna melhoria contínua.
Por Luiz Fernando Ruocco – Sócio e Diretor de Operações da agência full digital Rocky.Monks, Coordenador de Mercado no ITI MBA da Universidade Federal de São Carlos (UFScar) e mentor de negócios na Liga Ventures.