Apesar do retorno ao “novo normal”, algumas empresas continuam a adotar o modelo híbrido, dividindo a semana de trabalho dos colaboradores entre o escritório e suas residências
Da redação @MundoRH
Contra todas as previsões feitas no início da pandemia, a modalidade de trabalho presencial está voltando com força. Segundo um estudo recente, cerca de 94,82% das vagas oferecidas entre novembro de 2022 e janeiro de 2023 eram para trabalhos presenciais.
Com o início da pandemia em 2020, trabalhadores de diversos setores foram obrigados a exercer suas funções remotamente. Isso fez do home office a modalidade mais popular de trabalho por quase dois anos. Entretanto, ao invés de continuarem a expandir o trabalho remoto, muitas empresas agora estão fazendo o movimento oposto e trazendo seus funcionários de volta aos escritórios.
De acordo com dados da plataforma de empregos Infojobs, as vagas para trabalho híbrido – uma mistura de trabalho remoto e presencial – cresceram 16,6% no mesmo período. Contudo, essas vagas ainda representam apenas 2,48% do total, com 2,7% para trabalho totalmente remoto e o restante para o trabalho totalmente presencial.
A advogada Ana Paula Cardoso, do escritório Aparecido Inácio e Pereira, esclarece que as empresas têm o direito de definir as condições de trabalho. Se um candidato recusar um modelo presencial sem um motivo pertinente, pode ser excluído do processo seletivo.
Apesar do retorno ao “novo normal”, algumas empresas continuam a adotar o modelo híbrido, dividindo a semana de trabalho dos colaboradores entre o escritório e suas residências.
O monitoramento dos funcionários no trabalho remoto, embora não seja regulamentado por lei, é prática comum. Softwares permitem o acompanhamento de páginas acessadas e programas usados pelos funcionários, além de checagens periódicas de sua localização através do computador corporativo.
A especialista enfatiza que qualquer política de monitoramento deve estar em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados, protegendo informações confidenciais e comunicando claramente aos funcionários sobre essas políticas. “Se o monitoramento for adotado pela empresa, é vital que os colaboradores sejam informados e entendam as diretrizes”, conclui Cardoso.