Entra ano sai ano e as empresas têm sempre o mesmo desafio: falta budget para as mudanças estruturais necessárias em diversas áreas. Quando não falta budget, pode ser ainda pior com falta mindset. E aí vem as consultorias, os coaches, os anos de sofrimento em torno de um problema que parece intransponível.
Então, com todos em casa, o home office deixou de ser opcional e a mudança cultural que poderia ter sido gradual, veio de uma só vez. E nesse processo, uma área que vem tentando provar o seu valor há décadas é chamada ao centro da discussão e tem de pautar as tomadas de decisão: como conectar e engajar colaboradores dispersos?
Diante desse cenário, o trabalho de Recursos Humanos, finalmente, ganha a camada digital, além da humana, organizacional e física.
Estudos da Deloitte mostram como essa transformação começou a estimular que a experiência dos colaboradores passasse a ser algo personalizado e interativo graças a soluções simplificadas semelhantes às das mídias sociais e mobile.
A aplicação da tecnologia trouxe junto dois termos que são imprescindíveis para as organizações que não querem ficar para trás: RH Ágil e RH Digital. Em resumo, eles reforçam que a adoção de ferramentas digitais pelo RH é a solução perfeita (e um caminho sem volta) para fugir de processos longos, descentralizados e obsoletos.
Em abril, participei de dois eventos sobre RH Digital
No primeiro, que foi um encontro promovido pelo pessoal da Meta Ventures (você pode assistir clicando aqui), ressaltamos como a pandemia escancarou a necessidade das áreas trabalharem em conjunto, principalmente Comunicação Interna e Recursos Humanos. Isso porque enfrentam um desafio em comum nesse cenário atual: estar mais próximo do colaborador.
Já no outro, o “HR Transformation e-Connect”, promovido pela Blueprintt, nosso CEO no Dialog, André Franco, foi o moderador das roundtables. Dentre os aspectos que mais interessaram os participantes no que tange à transformação digital, os seguintes pontos foram os que mais vieram à tona:
- sistemas integrados;
- automação de processos;
- profissionais com tempo de qualidade para agir em atividades mais estratégicas;
- engajamento com a cultura organizacional, mesmo para quem está remoto;
- melhora da experiência do colaborador (e retenção de talentos).
Sabe do que senti falta?
- Conexão efetiva do RH com os problemas de negócios. Ir além do transacional e da preocupação com turnover, efetivamente ajudando vendas a vender mais, inovação a transformar o mindset de todos, operações a ser mais produtivo, e por aí vai.
Sei que não é um caminho fácil, mas até agora temos tentado ajudar nossos clientes a irem além do óbvio.
Por Gabriel Kessler – CGO no Dialog