O médico psiquiatra ajuda as pessoas a romperem com as frustrações, inseguranças e medos que as impedem de evoluir
Em seu novo livro Roberto Shinyashiki propõe uma reflexão sobre o que leva as pessoas a terem uma vida sem graça, repetitiva, sem evolução e consequentemente sem felicidade. O título “Pare de dar murro em ponta de faca” traduz a insistência de o ser humano se manter aprisionado a algo que não o completa, não o realiza, seja na vida profissional, seja na vida afetiva ou familiar. Dessa forma, o médico psiquiatra leva o leitor a descobrir em que área ou áreas da vida está atolado, patinando e o que é necessário para se libertar e tomar o rumo certo.
Shinyashiki ensina sua metodologia que ajuda as pessoas a encontrarem a causa desse bloqueio, que as impedem de evoluir. “As pessoas ficam tentando mudar o rumo da vida sem saberem o que querem de verdade”. Portanto, não ter um destino certo é uma das razões para se sentirem perdidas, segundo o especialista.
Com uma bagagem de quase 30 livros publicados e mais de 8 milhões de exemplares vendidos, o psiquiatra afirma que adiar a busca da transformação só aumentará o problema. E, assim, leva o leitor a aprender a escutar a sua alma, para descobrir o que realmente lhe trará a felicidade, nem que para isso, seja necessário fazer algo radical e mudar o curso da vida.
As mudanças pelas quais o mundo passa também impactam as pessoas e a forma com que agem. Shinyashiki salienta que um dos males do nosso tempo é que as pessoas aprenderam a admirar o exemplo dos outros em vez de pensar em realizar seus projetos.
No entanto, lembra que não existe milagre, é necessário esforço e comprometimento. “Se você passa o tempo inteiro se perguntando porque as coisas não decolam, ou por que você não tem sucesso, a resposta é: porque para um projeto dar certo é necessário paciência, dedicação e muita entrega”, destaca.
Ao longo do livro Shinyashiki apresenta vários exemplos que levam as pessoas a se sentirem frustradas e perdidas em suas vidas, mesmo obtendo certo sucesso, inclusive, conta passagens de sua trajetória profissional e pessoal em que também não conseguia sair do atoleiro em que se encontrava.
Por meio desse exercício de descobertas e de autoconsciência, o autor faz com que o leitor olhe para dentro de si e enxergue o que ele precisa fazer para parar de dar murro em ponta de faca, ou seja, parar de despender muito esforço, no trabalho, em relacionamentos, na família ou em qualquer outro aspecto da vida, e obter pouquíssimo resultado.
A proposta é fazer com que as pessoas atinjam o “ponto de não retorno”. Conforme explica Shinyashiki, é uma expressão muito utilizada em inglês para exemplificar aquele momento em que não consegue voltar mais atrás, nem ser quem era antes. “É quando você descobre que é maior do que a situação que está vivendo, tudo fica mais claro e você busca tomar uma atitude perante a sua vida”, diz.