Estudo da Michael Page destaca as preferências da geração que busca equilíbrio, crescimento e reconhecimento em suas carreiras.
Os Millennials, nascidos entre 1981 e 1994, têm uma prioridade clara quando o assunto é trabalho: salário competitivo. De acordo com o Guia Salarial 2025 da Michael Page, 75% dessa geração considera a remuneração o fator mais importante em suas carreiras, superando Baby Boomers (60%), Geração X (70%) e até mesmo os jovens da Geração Z (73%).
Além disso, 90% dos Millennials afirmam que o salário será decisivo para aceitarem uma nova oportunidade, um percentual que fica atrás apenas da Geração Z (92%). Esse dado reflete a necessidade de empregadores oferecerem propostas atraentes para reter talentos e manterem a competitividade no mercado.
Millennials: o que eles realmente valorizam no trabalho?
Além do salário, o estudo destaca outros fatores essenciais para os Millennials:
- Equilíbrio entre trabalho e vida pessoal: 50% priorizam a qualidade de vida.
- Progressão de carreira e treinamentos: 29% buscam oportunidades claras de crescimento.
- Reconhecimento financeiro e bônus: 47% apontam como indispensáveis.
Segundo Ricardo Basaglia, CEO da Michael Page Brasil, as empresas precisam alinhar suas estratégias de retenção com as expectativas das novas gerações. “Sem uma proposta atraente e competitiva, as empresas correm o risco de perder talentos promissores antes mesmo do início do processo seletivo”, comenta.
Liderança e influência: um desejo crescente
O estudo também revelou que os Millennials priorizam o desenvolvimento de habilidades de liderança (52%) e influência (43%), sinalizando uma ambição de protagonismo nas organizações. “Eles não querem apenas cumprir tarefas; querem liderar e moldar o futuro das empresas”, ressalta Basaglia.
O impacto da IA no mercado de trabalho
Quando o assunto é inteligência artificial, 38% dos Millennials demonstram preocupação com questões éticas, enquanto 24% destacam a necessidade de requalificação constante. Apesar dos avanços tecnológicos, essa geração enfatiza a importância do equilíbrio entre a automação e o protagonismo humano.
Equilíbrio e saúde mental: desafios para a retenção
A pesquisa aponta que 60% dos Millennials identificam remuneração incompatível como a maior causa de estresse no trabalho, seguida por relacionamentos ruins com líderes (41%) e excesso de trabalho (36%). Esses fatores refletem a necessidade de um ambiente corporativo mais equilibrado e saudável.
Preferências ao mudar de emprego
Os Millennials classificam os seguintes fatores como determinantes para aceitar uma nova oportunidade:
- Salário competitivo (90%).
- Modelo híbrido ou remoto (58%).
- Benefícios atrativos (51%).
A geração também lidera o uso do LinkedIn (95%) como principal ferramenta para buscar novas vagas, seguida por portais de emprego e networking pessoal.
O papel das empresas no futuro do trabalho
O estudo destaca que, embora os Millennials valorizem recompensas financeiras, eles também buscam equilíbrio, crescimento profissional e reconhecimento. “Empresas que não oferecem um ambiente de trabalho inclusivo, flexível e focado no desenvolvimento podem perder talentos para concorrentes mais alinhados às expectativas dessa geração”, conclui Ricardo Basaglia.
Com suas preferências claras, os Millennials estão moldando o futuro do mercado de trabalho, exigindo que empregadores invistam em estratégias que equilibram remuneração competitiva, bem-estar e oportunidades de crescimento.