Empresa planeja oferecer até 100 mil bicicletas na capital paulista
A Yellow, empresa brasileira do setor de mobilidade, anuncia sua chegada ao mercado com o lançamento de um serviço de compartilhamento de bicicletas com sistema de redistribuição livre (dockless) pelo qual as bikes são liberadas por meio de um aplicativo de celular. Inovador, o modelo dispensa as estações obrigatórias de parada. Credenciada pela prefeitura de São Paulo, a Yellow vai introduzir, inicialmente, 20 mil bicicletas na cidade, entre julho e dezembro deste ano. O planejamento da empresa prevê a ampliação da frota, subsequentemente, para 100 mil bicicletas, com o objetivo de atender toda a cidade, incluindo a periferia.
Na liderança do negócio estão Eduardo Musa, que esteve à frente da Caloi por mais de 15 anos, Ariel Lambrecht e Renato Freitas – fundadores da 99, aplicativo de mobilidade urbana e primeira startup unicórnio brasileira –, atribuindo à Yellow um time de fundadores que somam a maior expertise em tecnologia, mobilidade urbana e bicicleta no Brasil e no mundo, já que nenhuma empresa de compartilhamento de bicicletas começou com este conjunto de expertises e experiências acumuladas.
“Segundo Ariel Lambrecht, fundador responsável pela área de Produto da empresa, a Yellow está trazendo para o Brasil uma solução de mobilidade inovadora e eficiente, com um modelo que já obteve sucesso em outros países, em destaque a China, onde o serviço é extremamente popularizado. “O surgimento das startups de bike sharing foi responsável por um crescimento de mais de 50% no uso desse modal de transporte na China. Existem estimativas de que o trânsito em Pequim caiu 5% após o lançamento das bicicletas compartilhadas”, comenta Ariel. “Tivemos a oportunidade de observar a implementação desse sistema em outros países e, a partir dessas análises, traçamos estratégias para valorizar os acertos do modelo e evoluir em relação às fragilidades. Com isso, estamos preparados para oferecer uma experiência ainda melhor para o usuário brasileiro, buscando o mesmo sucesso obtido na China”, complementa Ariel.
A Yellow começa a operar na cidade em julho deste ano. A inserção das 20 mil bicicletas será realizada de forma gradativa ao longo de 2018. “Somos a empresa de compartilhamento de bicicletas que, mundialmente, inicia sua operação com a maior escala em número de bikes”, aponta Musa. “Em São Paulo, testes mostraram que viagens integradas de bicicletas e ônibus foram 22% mais rápidas que carro. Além disso, o transporte público raramente conecta as pessoas da porta de suas casas até o seu destino. Nossas pesquisas mostram que em média, um usuário de transporte público precisa caminhar 800 metros para completar seu trajeto diário. Existe uma demanda latente por soluções de mobilidade na cidade e a nossa chegada no mercado traz justamente isso”, acrescenta o CEO.
Renato Freitas, fundador responsável pela área de Tecnologia da empresa, ressalta a importância de criar soluções inovadoras para problemas recorrentes do dia a dia. “A Yellow viabiliza, por meio da tecnologia, um recurso que ameniza os desafios de mobilidade nos grandes centros urbanos, impactando positivamente a vida da população. É um problema antigo que precisa de soluções modernas. A tecnologia somada à cultura do compartilhamento, apresenta uma saída importante para este impasse”, menciona Renato. “Um levantamento feito pela SPC Brasil e CNDL mostrou que para 79% dos brasileiros, o compartilhamento de bens torna a vida mais fácil e funcional e 68% se imaginam participando do consumo colaborativo nos próximos dois anos. Sabemos que estamos no caminho certo e nossa expectativa em relação à receptividade da população é bem positiva”, complementa Renato.
Para garantir a melhor experiência por parte do usuário, preservar o ambiente urbano e respeitar o restante da sociedade, a Yellow contará com diversas iniciativas de manutenção, organização e incentivo ao consumo responsável. Um exemplo disso é a “patrulha periódica” que será efetuada pela Yellow todos os dias da semana. A empresa contará com equipes realizando uma espécie de varredura pela cidade, mapeando suas bicicletas para organizá-las, redistribuí-las estrategicamente e retirá-las para manutenção quando necessário, contribuindo, assim, para a melhor distribuição e posicionamento das bicicletas pela cidade.